Imagem: SXC.HU
Uma pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura
(Cena) da USP, em Piracicaba, identificou a potencialidade da casca de banana
na descontaminação de águas poluídas pelos agrotóxicos atrazina e ametrina,
utilizados em plantações de cana-de-açúcar e milho.
Em amostras coletadas nos rios Piracicaba e Capivari e na
estação de tratamento de água de Piracicaba, as águas contaminadas ficaram
livres dos princípios ativos após o tratamento, para o qual as cascas de banana
são trituradas e peneiradas após serem secas em forno a 60ºC.
Os pesquisadores defendem que o uso da casca de banana
apresenta vantagem sobre outros métodos (como remediações térmicas, químicas ou
físicas) que não demonstram a mesma eficiência na remoção de resíduos de
agrotóxicos a ponto de tornar a água potável para consumo humano.
A casca da banana apresenta grande capacidade de adsorção de
metais pesados e compostos orgânicos principalmente devido à presença de grupos
hidroxila e carboxila da pectina em sua composição. Esse tipo de remediação
poderá ser utilizada, principalmente, para tratamento de água de abastecimento
público provenientes de regiões com intensa prática agrícola, como Ribeirão
Preto e Piracicaba.
Fonte: Agência USP