A eficiência dos telhados verdes
para o controle da temperatura interna e global já são bastante conhecidos.
Agora, um grupo de pesquisadores norte-americanos decidiu estudar o seu impacto
na biodiversidade, até então um mistério.
Os cientistas fazem parte de
quatro instituições: Barnard College, Columbia University, Fordham e da
Universidade do Colorado. Em seus estudos, os pesquisadores perceberam que os
jardins plantados em telhados podem suportar espécies diferentes dos jardins
localizados ao nível da rua.
O grupo começou a fazer testes em
2011 e, desde então, foram analisadas as composições do solo em dez telhados
verdes espalhados por cinco distritos de Nova York. Para mensurar as
diferenças, eles também coletaram amostras de parques localizados nas proximidades
dos telhados verdes.
A principal divergência entre os
cenários é a presença massiva de fungos nos “jardins suspensos”. Conforme
publicado no site “The Atlantic Cities” a principal descoberta foi a presença
de 109 espécies diferentes de fungos nos telhados. Apesar de parecer estranho,
esse é um dos pontos positivos dessas áreas verdes, pois contribui para a biodiversidade
em meio às cidades.
Outro benefício percebido pelos
pesquisadores é a relação com os poluentes. Nos parques analisados, os níveis
de micróbios e metais presentes foi considerado alto, isso pode tornar as
hortas urbanas cultivadas nesses locais impróprias para o consumo. Esse é um
problema que os cultivos nos telhados não têm.
Essas áreas verdes também atraem
diversas espécies. Os insetos são os mais comuns, mas existem casos de animais
maiores, como répteis, morcegos e diversas aves. Um caso curioso ocorreu em
Brighton, no Reino Unido. Gaivotas e cervos acabaram destruindo parte da grama
do telhado em busca de comida. Uma grande coruja e uma águia dourada foram
usadas para espantar esses animais.
Fonte: Ciclo Vivo