1. Mamadeiras e chupetas sem Bisfenol A
Por determinação da Anvisa, desde 2012 as empresas são
proibidas de vender mamadeiras e outros utensílios para lactantes que contenham
a substância Bisfenol-A (BPA).
A decisão foi baseada em estudos que indicam que a
substância pode ser cancerígena e causar problemas hormonais, além do fato de que
o sistema de eliminação da substância pelo corpo humano não é muito
desenvolvido em crianças de zero a 12 meses.
Por isso, fique atenta às dicas:
- Ao comprar produtos de plástico para crianças, leia a
embalagem e certifique-se de que o material é livre de Bisfenol (ou,
“BPA-Free”);
- Quando possível, opte por utensílios de vidro, porcelana e
aço inoxidável;
- Não esquente ou congele alimentos em recipientes de
plástico (a liberação do Bisfenol A é maior com aquecimento e resfriamento);
- Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados;
- Ao comprar ou armazenar alimentos em embalagens de
plástico, atente-se ao símbolo de reciclagem do material. Evite aqueles que são
designados pelos números 3 e 7, que podem conter BPA na composição.
2. Fraldas
Estimativas mostram que, até os três anos de idade, um bebê
pode usar até 6 mil fraldas descartáveis, que vão diretamente para o lixo comum
após o uso. Nem precisa dizer o quanto esta prática é agressiva ao meio
ambiente (e muitas vezes à pele dos bebês). Uma fralda leva mais de 400 anos
para se decompor, uma vez que é fabricada com materiais como plástico e cola.
Existem hoje algumas linhas que defendem a retirada das
fraldas já nos primeiros meses, entre o nascimento e o início da locomoção (por
volta dos 6 meses). Um texto detalhado sobre o assunto, disponível neste link,
explica que “o êxito não acontece da noite pro dia. É preciso pelo menos um
adulto empenhado e vários meses de perseverança para completar a higiene sem
fraldas”. É necessário, portanto, um pouco de paciência se você quiser
trabalhar a autonomia do bebê e não acumular tanto lixo ao longo da primeira
infância do seu filho.
A higiene sem (ou com menos) fraldas baseia-se numa técnica
de aprendizagem do controle das necessidades utilizada em grande parte da Ásia
e da África. Por não fazer parte do modo de vida ocidental, pode soar estranho,
mas até os anos cinquenta, a maioria das famílias ocidentais começava a retirar
as fraldas relativamente cedo, entre os 3 e os 10 meses, e terminava também
relativamente cedo. “Depois surgiram a indústria das fraldas descartáveis, os
estilos de vida mais frenéticos e uma nova teoria de que é melhor adiar e
deixar que seja o bebê a aprender sozinho quando for capaz”, explica o texto,
que também questiona: “Quantos pais terão ponderado se esta é a solução mais
higiênica para a criança? Quantos pais se preocupam com o impacto ambiental das
fraldas? Quantos o fariam se soubessem de uma alternativa à utilização de
fraldas a tempo inteiro?”.
Mães que não imaginam viver sem fralda também têm outras
opções. Já existem no mercado aquelas que são fabricadas com material
biodegradável, revestidas externamente com bioplástico feito de amido de milho
e batata e que levam até 5 anos para se decompor.
Uma dessas marcas diz que o recheio de seus produtos é feito
com celulose extraída de madeiras advindas de bosques de reflorestamento
sustentável e o branqueamento é feito com oxigênio, sem o uso de cloro.
Apesar dos inúmeros benefícios, o bolso tem estar preparado.
Um pacote de 40 unidades para recém-nascidos sai por 79,32, enquanto a média
para fraldas descartáveis tradicionais, na mesma quantidade, também para recém
nascidos, varia de 24 a 29 reais.
Outra proposta adotada por mães preocupadas com a questão
são as fraldas de algodão que tem o formato parecido com as descartáveis. Além
de evitar o descarte diário, o material é delicado para a pele de bebês. Veja a
ideia neste vídeo:
3. Babadores
A dica é para quem gosta de trabalhos manuais. Que tal
transformar camisetas que você já não usa mais em babadores customizados? Você
vai precisar de alfinetes, camisa usada, lápis, tesoura, papel manteiga, durex,
máquina de costura, linha, feltro e velcro. Veja o passo-a-passo neste link.
4. Roupinhas
Outra ideia das mamães sustentáveis é comprar roupinhas para
os bebês fabricadas com algodão orgânico e com tingimento natural. Além do
baixo impacto no meio ambiente, as roupas são mais delicadas e não agridem a
pele da criança. Algumas opções, como a marca Chamomilla, podem ser encontradas
nesta loja virtual.
Fonte: Super Interessante