Depende. De acordo com um estudo da Unicamp, levando em
conta apenas o gasto de energia, o papel pode ser uma opção melhor às máquinas
de ventania utilizadas em alguns banheiros de shoppings e restaurantes.
A pesquisa comparou as duas formas de enxugar as mãos a
partir de três aspectos: higienização, impacto ambiental e usabilidade. No
quesito impacto ambiental, a comparação foi feita de acordo com cálculos de
gasto de energia de cada uma das formas. Os secadores elétricos consomem
energia durante o tempo de utilização. Já as toalhas de papel, durante o
processo de fabricação.
No caso do secador elétrico, o resultado do gasto de energia
é o produto da potência do aparelho pelo tempo de secagem. Como tanto a
potência quanto o tempo necessário variam conforme o produto, a pesquisa chegou
a uma média a partir de dados tabelados: eles consumem aproximadamente 32.000 J
(joules) por secagem.
No caso das toalhas de papel, o cálculo foi feito da
seguinte maneira: considerando que o gasto de energia para produzir papel para
fins sanitários é de 3.395 GJ/tonelada (*referências bibliográficas podem ser
encontradas no próprio PDF da pesquisa), uma toalha, que pesa em media 2.2g,
equivale a 7.469 J.
Logo, para a secagem ideal (2 folhas), são gastos 14.938 J.
No entanto, considerando que a média de uso é de 3,4 toalhas de papel por
pessoa, esse número sobe para aproximadamente 25.395 J.
Conclusão
A primeira conclusão é de que as toalhas de papel são mais
econômicas do que os secadores elétricos, desde que o consumo não ultrapasse
cinco unidades por secagem.
No entanto, como tudo na vida é relativo, não podemos deixar
de levar em conta que o estudo não inclui nos cálculos outros impactos causados
durante a fabricação do papel, como a geração de resíduos químicos, a geração
de toneladas de lixo que vão ocupar espaço em lixões e aterros e o uso de
grande quantidade de água e madeira.
Fonte: Revista Ciência do Ambiente On-Line. Volume 5, número
2. Dezembro/2009.
Imagens:
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Publicado originalmente no Portal Super Interessante