Sem fins lucrativos, organização possui cerca de 1,3 mil
"ativistas eróticos" em todo o mundo
Você já ouviu falar em “ecopornô”? Se não ouviu, já deve
imaginar do que se trata, ainda mais ao saber que esse “conceito” está por trás
dá inusitada ONG Fuck For Forest (FFF) – “Transar Pela Floresta”, em tradução
livre –, que existe desde 2004. Criada pela sueca Leona Johansson e pelo
norueguês Tommy Hol Ellingsen, que mantêm um relacionamento aberto, a principal
ferramenta da organização é um site em que fotos e vídeos eróticos amadores são
postados para membros. Dessa forma, dinheiro é arrecadado e revertido a causas
ambientais, entre elas, a preservação da Amazônia brasileira.
Como não poderia deixar de ser, a ideia da criação da ONG,
que chegou até a ter o apoio do governo norueguês, partiu de dois pontos
básicos: o questionamento a respeito dos limites que sociedade impõe às
relações sexuais; e a preservação da natureza. “Sexo geralmente nos atrai para
a compra de produtos e ideais sem sentido. Por que não usar isso para uma boa
causa?”, questionam os criadores, em texto na página inicial do FFF.
Por defender uma maior liberdade sexual, o site não conta
com grandes produções. “No FFF, fazemos fotos e vídeos de nós mesmos e de
nossos amigos transando ou apenas pelados”, afirmam os autores, que já fizeram
performances em shows de rock, em outros locais públicos e, é claro, em
florestas. Há duas formas de contribuir para a ONG: ou o interessado simplesmente
paga a mensalidade de 10 euros para ter acesso ao conteúdo online; ou ele se
torna um “ecoativista sexual”, contribuindo com a produção erótica do site
(nesse caso, o usuário ganha acesso livre aos conteúdos existentes). O site
também tem uma loja virtual, que vende camisetas, pôsteres e até roupas de
baixo usadas.
Resultado
Polêmicas à parte, o resultado tem sido positivo.
Atualmente, a ONG fatura cerca de 130 mil euros por ano. Projetos de
reflorestamento e preservação na Eslováquia, Índia e na Amazônia (Brasil, Costa
Rica, Peru e Equador) são o destino de grande parte do dinheiro arrecadado com
a mensalidade cobrada dos membros. Só no Brasil, a FFF já investiu cerca de 39
mil euros desde sua criação, tanto no projeto Centro Holístico da Mata Atlântica,
no Rio de Janeiro, quanto na compra de uma casa para um grupo de antropólogos
em Roraima.
Para saber mais sobre o FFF, visite o site oficial (eminglês).
Fonte: eCycle