Ter um programa eficiente de reciclagem é algo que não depende exclusivamente do apoio governamental. Prova desta afirmação é o projeto que tem se desenvolvido na Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, e funciona com financiamento e mão de obra proveniente dos próprios alunos.
A estudante Manny Abarca é
coordenadora das operações de reciclagem no campus e uma pessoa que acredita no
valor da conscientização para que grandes mudanças possam ser feitas. Para ela,
reciclar o lixo “deve ser tão fácil quanto jogar algo fora”.
O programa universitário de
reciclagem funciona inteiramente a partir do trabalho dos próprios estudantes.
Dessa forma, durante o dia, dois turnos de jovens universitários passam em
caminhões por todo o complexo educacional coletando os materiais descartados
nos recipientes específicos. Depois disso, os resíduos são levados ao galpão
onde é feita a triagem e compactação do material.
O projeto aplicado no Kansas é
inspirado em um trabalho semelhante existente na também universidade
norte-americana de Missouri. Foi ao ouvir falar sobre isso que Manny decidiu montar
um escritório administrativo especializado na área de sustentabilidade. Com
essa nova reestruturação, a quantidade de lixeiras para reciclagem espalhadas
pela universidade passou de quatro para 4.500.
Os resultados positivos não
significam que o trabalho já alcançou seu ápice. Mesmo que a universidade tenha
dado um pontapé inicial, o caminho é muito longo e os alunos querem se tornar
referência mundial neste assunto. Os estudantes que trabalham no programa de
reciclagem de Kansas ainda querem contar com o apoio da comunidade local e
desenvolvendo estratégias para conscientizar os próprios estudantes. Para
alcançar este objetivo, o escritório tem desenvolvido ações com grupos esportivos
e irmandades universitárias.
Blaine Bengston, coordenador de
um dos setores do programa de reciclagem acredita que os trabalhos feitos
dentro do complexo educacional, principalmente relacionados à conscientização,
se refletem nas atividades externas realizadas pelos estudantes. É algo que
será levado por toda vida, opina. “Os estudantes podem ser mais corretos
ecologicamente concentrando-se nas pequenas coisas, como apagar as luzes quando
sair do ambiente, tomar banhos mais curtos ou jogar os resíduos nos locais
apropriados para isso”, explicou, em declaração ao jornal da Universidade de
Kansas.
Os integrantes da equipe ainda
destacam o fato de que as ações sustentáveis ajudam a preservar o meio ambiente
e também permitem economia financeira considerável. “Tudo tem valor. Só depende
de como você escolhe enxergar isso”, finaliza Manny.
Fonte: Ciclo Vivo