segunda-feira, 8 de abril de 2013

Água: mais qualidade, mais saúde


Por Mauro Banderali

Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água, falta de saneamento e ausência de políticas de higiene, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgados no Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no último mês de março. O Relatório da ONU-Água divulgou também que quase 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem mais em acesso à água, medidas de higiene e saneamento básico. De acordo com a Unicef, a cada 15 segundos, uma criança morre por conta das doenças relacionadas à água. Esses dados mostram que a qualidade da água está diretamente ligada à saúde da população.

No Dia Mundial da Saúde, comemorado no próximo dia 7 de abril, a situação da água está em evidência muito mais como uma preocupação do que como uma solução, já que grande parte das doenças e da contaminação chega aos humanos por meio desse líquido tão precioso.

No Brasil, dados divulgados pelo Ministério das Cidades e pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, mostram que, até 2010, 81% da população tinham acesso à água tratada e apenas 46% dos brasileiros contavam com coleta de esgotos. Do total de esgoto gerado no país, apenas 38% recebiam tratamento no período.

Problemas como destinação inadequada do lixo, despejo irregular de esgoto, utilização de agrotóxicos, proliferação de algas, enchentes e todos os tipos de contaminação, dificultam o tratamento das águas e conduzem doenças para a população que, muitas vezes, não tem acesso ao tratamento adequado. É preciso lembrar a importância deste recurso no dia mundial da saúde, pois água e saúde estão interligadas e, além disso, ao preservar e cuidar desses bens, garantiremos água de qualidade e saúde para as gerações futuras.

Atualmente, a tecnologia pode contribuir para manter a qualidade da água. O mercado disponibiliza equipamentos capazes de mensurar parâmetros como temperatura da água, pH, oxigênio dissolvido (OD ótico), condutividade elétrica (CE), ORP, turbidez, resistividade, salinidade, além de muitos outros. A medição e o acompanhamento desses parâmetros por empresas de saneamento e quaisquer outras que monitorem a qualidade das águas é essencial para garantir uma água saudável para a população.
       
O cidadão também pode contribuir com a saúde da água com atitudes simples como ser responsável no descarte correto do lixo, não despejar óleo e medicamentos na rede de esgoto, usar produtos biodegradáveis, entre outras. Se cada cidadão e cada empresa tiver uma atitude responsável com a água, estaremos contribuindo com sua qualidade e com a saúde de todos.

*Mauro Banderali é especialista em instrumentação hidro-meteorológica na empresa Ag Solve


Fonte: Revista TAE
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