Metade das áreas úmidas do
planeta foi destruída pela ocupação humana no século XX, segundo o novo
relatório da Iniciativa Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na
sigla em inglês). O relatório foi apresentado no dia 2 de fevereiro, data em que
se comemora o Dia Mundial das Zonas Úmidas. As áreas úmidas são regiões de
transição entre os ecossistemas aquáticos e terrestres, como manguezais, lagos,
pântanos e etc.
O documento aponta que grande
parte das perdas ocorreu entre as décadas de 50 e 80. A Europa foi o continente
que teve a perda mais significativa: entre 55-67% ao longo do século passado. A
degradação continua ainda hoje, causada pela produção agrícola intensiva,
irrigação, extração para uso doméstico e industrial, urbanização, infraestrutura
e poluição, de acordo com o TEEB.
Importância
As zonas úmidas são cruciais na
manutenção dos ecossistemas. Os manguezais, por exemplo, fornecem um enorme
conjunto de serviços econômicos ao agirem como berçários de peixes e
armazenadores de carbono, além de proporcionarem defesas poderosas contra
enchentes e ciclones em uma época de elevação do nível dos oceanos. As árvores
e arbustos, que crescem em habitats costeiros, também fornecem madeira
resistente.
Além disso, as zonas úmidas são
fundamentais na manutenção do ciclo da água, sendo esta essencial para todos os
serviços dos ecossistemas, conforme enfatiza o documento. Atualmente, cerca de
884 milhões de pessoas, o equivalente a 12% da população mundial, carecem de
água potável, enquanto outras 2,5 bilhões não têm acesso ao saneamento básico.
Fonte: Ecodesenvolvimento.com