sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ocupação humana destruiu metade das zonas úmidas no século XX, diz TEEB



Metade das áreas úmidas do planeta foi destruída pela ocupação humana no século XX, segundo o novo relatório da Iniciativa Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês). O relatório foi apresentado no dia 2 de fevereiro, data em que se comemora o Dia Mundial das Zonas Úmidas. As áreas úmidas são regiões de transição entre os ecossistemas aquáticos e terrestres, como manguezais, lagos, pântanos e etc.

O documento aponta que grande parte das perdas ocorreu entre as décadas de 50 e 80. A Europa foi o continente que teve a perda mais significativa: entre 55-67% ao longo do século passado. A degradação continua ainda hoje, causada pela produção agrícola intensiva, irrigação, extração para uso doméstico e industrial, urbanização, infraestrutura e poluição, de acordo com o TEEB.

Importância

As zonas úmidas são cruciais na manutenção dos ecossistemas. Os manguezais, por exemplo, fornecem um enorme conjunto de serviços econômicos ao agirem como berçários de peixes e armazenadores de carbono, além de proporcionarem defesas poderosas contra enchentes e ciclones em uma época de elevação do nível dos oceanos. As árvores e arbustos, que crescem em habitats costeiros, também fornecem madeira resistente.

Além disso, as zonas úmidas são fundamentais na manutenção do ciclo da água, sendo esta essencial para todos os serviços dos ecossistemas, conforme enfatiza o documento. Atualmente, cerca de 884 milhões de pessoas, o equivalente a 12% da população mundial, carecem de água potável, enquanto outras 2,5 bilhões não têm acesso ao saneamento básico.

Fonte: Ecodesenvolvimento.com 
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