O aquecimento global pode não ser
tão prejudicial à floresta amazônica como se imaginava. Esta é a conclusão a
que chegou o pesquisador inglês Peter Cox, da Universidade de Exeter. De acordo
com ele, as árvores podem usar o dióxido de carbono (CO2) como fertilizante.
O estudo foi publicado na última
quarta-feira (6), na revista científica “Nature”. O autor principal é o mesmo
que havia previsto a extinção da floresta amazônica para os próximos quarenta
anos, em consequência das mudanças climáticas.
Em declaração à agência Reuters,
Cox explicou que a nova descoberta o deixa mais tranquilo. Esta é uma boa
notícia, quando o que se tinha era a espera por uma catástrofe. “Felizmente, a
liberação de carbono no ambiente é balanceada pelos efeitos positivos da
fertilização pelo CO2, que vai superar o efeito negativo sobre a mudança
climática, de modo que as florestas globais devem continuar a acumular carbono
ao longo do século 21”, disse.
O CO2 absorvido pela planta
auxilia o desenvolvimento de folhas, galhos e raízes. No entanto, os
pesquisadores alertam para os impactos que os outros gases causadores do efeito
estufa poderiam ter, pois metano e ozônio não possuem efeito fertilizante.
Neste caso, a floresta corre mais riscos.
Mesmo que o cenário apresentado
por Cox seja mais positivo, os especialistas continuam incertos sobre o futuro,
pois as florestas tropicais precisam responder positivamente às mudanças
climáticas e ainda sobreviver ao desmatamento.
Fonte: Ciclo Vivo