O órgão público constatou que as ambulâncias têm sucesso em
75% dos chamados, enquanto as bicicletas conseguem atender a 98% deles. | Foto:
Divulgação
Há mais de dez anos, a cidade de Norwich, no Reino Unido,
adotou as bicicletas como ambulâncias, para atender as ocorrências mais
rapidamente e driblar o trânsito. A iniciativa fez sucesso e se espalhou por
quase trinta cidades britânicas, incluindo Oxford e Londres.
O objetivo das autoridades britânicas era agilizar, ao
máximo, o tempo de atendimento às emergências. A iniciativa venceu os
argumentos contrários à bicicleta quando o sistema de saúde do Reino Unido
(NHS) apresentou um documento que indica a eficiência das bikes. O órgão
público constatou que as ambulâncias têm sucesso em 75% dos chamados, enquanto
as bicicletas conseguem atender a 98% deles.
O sucesso inacreditável ganhou a confiança do público –
anualmente, os paramédicos ciclistas recebem mais de mil ligações na região
central de Norwich, segundo dados apresentados pelas autoridades britânicas,
que priorizaram as bicicletas paras ocorrências que precisam de atendimentos
ultrarrápidos, como infartos e ataques cardíacos.
Robert Adams é um dos paramédicos que atuam na cidade de
Norwich. Ele utiliza uma das bikes adaptadas para os salvamentos, que possui
sirene, sinalização, equipamentos de primeiros socorros, máquina de ECG e
desfibrilador.
“Já conseguimos salvar um homem que teve uma parada cardíaca
na rua enquanto aguardava o ônibus. Ele aparentava ter entre 50 e 60 anos de
idade. Cheguei ao local, apliquei os cuidados necessários e ele já estava
reanimado quando a ambulância chegou para transportá-lo para o hospital",
contou o paramédico à Veja.
A bicicleta também desempenha várias funções no resto do
mundo. Tradicionalmente usada por entregadores, a bike é a melhor opção de
locomoção nas cidades que enfrentam engarrafamentos. Os serviços de segurança
em São Paulo, como a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana, também
usam o veículo para se locomover nos horários e regiões em que o tráfego é mais
intenso.
Com informações da Veja e do Bike, pedal e cia.
Fonte: CicloVivo