Muitas pessoas estão sempre atentas às novidades da moda.
Algumas até colocam seus nomes em listas de espera de lojas famosas para serem
as primeiras a comprarem uma determinada bolsa ou jaqueta que acabou de sair
das passarelas. Mas, será que não há outra alternativa para continuar na moda e
ao mesmo tempo não se entregar ao consumo exagerado desses produtos? Várias
empresas, designers, estilistas e muitas outras pessoas já estão observando o
mundo de forma diferente. Estão em busca de novas ideias para que o planeta não
sofra tanto com as nossas necessidades. O que algumas pessoas já sabem e outras
estão descobrindo é que precisamos explorar novas alternativas.
Uma dessas alternativas, que também é um ótimo exemplo de
como consumir menos, são os brechós – lojas de roupas usadas, porém que estão
em bom estado. O brechó é a moda reciclada e segue o próprio princípio do ciclo
da moda, onde tudo que está ‘out’, volta a ser ‘in’ mais tarde. Não é de hoje
que os brechós fazem sucesso entre as pessoas que buscam coisas diferentes e
baratas para incorporar ao guarda-roupa, além disso, são uma forma sustentável
de reaproveitar roupas e acessórios, basta saber procurar. É uma ótima opção,
mas é preciso ter paciência para procurar e criatividade para saber se a peça
encontrada pode ser reformada e reaproveitada.
A procura por brechós aumentou consideravelmente na última
década, principalmente pelos jovens, que voltaram a buscar as peças vintage e
passaram a fazer a sua própria moda. Existe até a opção para o consumidor que
não quer sair de casa e é adepto das compras pela internet: os brechós online,
que viraram febre no Brasil nos últimos anos e atualmente já passam de 100
endereços. Click aqui e confira no Busca Brechó os melhores brechós virtuais.
Há ainda os brechós infantis, que ajudam a promover a
sustentabilidade
desde o berço. (Foto: Tudo de Novo)
Ainda seguindo a linha de reaproveitar o produto que já foi
comprado, uma mania que está se espalhando rapidamente pelo Brasil são as
feiras de troca. Elas surgiram no Canadá por volta de 1980 e tentam substituir
o lucro e a acumulação de roupas, sapatos, acessórios e produtos por uma
experiência consciente e de cooperação. Nessas feiras as pessoas se juntam e
trocam as peças que não estão mais em uso ou das quais enjoaram, criando um
guarda-roupa sustentável.
A feira proporciona aquela sensação de novidade que temos ao
comprar uma roupa ou sapato (desde que estejam em boas condições) e reduz a
média de compras, sem causar aquele temido desfalque no salário e sem utilizar
ainda mais recursos naturais.
Para o consumidor que
busca um diferencial, não podemos esquecer o termo customização. Ao customizar
a roupa, ou seja, mudá-la recortando, costurando e/ou adicionando aviamentos e
acessórios, o produto final será muito mais ‘a sua cara’ do que a blusa
comprada em grandes lojas de departamento da onde saem inúmeras peças iguais.
Customizar nos dá a garantia de que ninguém terá a roupa igual a nossa, e está
sendo tão praticado que existem inúmeros blogs, vídeos e tutorias na internet
com maneiras de customizar os produtos. Click aqui e confira alguns vídeos
Foto: Artesanatos Reciclagem
É sempre interessante pensar nas alternativas, pois já não
podemos consumir sem pensar em impactos. Ao optar pela aquisição de roupas
usadas (comprando, trocando ou reformando) ajudamos o nosso bolso e o planeta,
uma vez que, com essa atitude evitamos o consumo de mais matéria-prima, energia
e água, reduzindo também a emissão de gases.
Tudo isso torna a moda que usamos mais sustentável.
O consumidor que não tem interesse em reformar ou buscar os
brechós, bazares ou feiras de troca, sempre pode buscar dar fim às suas roupas,
sapatos e acessórios doando para entidades e pessoas que necessitem. Um tecido
com base de algodão leva de 5 a 6 meses para se decompor e um tecido baseado no
nylon leva 30 anos. Ao considerar essa alternativa, ajudamos alguém que está
necessitado daquilo que já temos e não mais usamos, além de ajudar o meio
ambiente não descartando de forma incorreta mais um produto que demorará anos para
se decompor nos aterros. Existem vários tipos de entidades que recolhem roupas
usadas, calçados ou qualquer outra doação em bom estado e fazem essa
distribuição entre pessoas mais necessitadas. Basta se informar! Devemos sempre
buscar novas alternativas e maneiras de viver de forma mais sustentável. Elas
estão ai, só precisamos dar uma chance!
Fonte: Auto Sustentável