Quem percorre trajetos a pé descobre novos pontos de
interesse, como feiras livres, parques e obras de arte espalhadas no meio do
caminho. | Foto: Dê Preferência à Vida/Flickr
Assim como andar de bicicleta, caminhar pela cidade é uma
alternativa simples de transporte e que traz inúmeros benefícios ao corpo e ao
planeta. Por meio das caminhadas, é possível conhecer melhor o local em que se
vive e ainda colaborar para uma cidade com menos automóveis.
Embora um carro novo ainda seja sonho de consumo para muitos
brasileiros, os meios de transporte alternativos têm ganhado um número de
adeptos cada vez maior. No entanto, nem todo mundo tem coragem de se aventurar
pelas ruas movimentadas montado em uma bike – e muitos ainda escolhem os
automóveis, ignorando as caminhadas de um ponto a outro.
“O motorista é pedestre, o ciclista também é pedestre. Toda
pessoa anda a pé, é inevitável”, lembra Letícia Sabino, integrante do movimento
SampaPé!, que incentiva as pessoas a aderirem às caminhadas, em São Paulo.
Quem percorre trajetos a pé descobre novos pontos de
interesse, como feiras livres, parques e obras de arte espalhadas no meio do
caminho. Além de conhecer os pontos estratégicos, as pessoas que andam por aí
se tornam melhores motoristas e ciclistas, uma vez que passam a integrar a
cidade de uma maneira diferente.
A fim de fazer com que as pessoas respeitem pela faixa de
pedestres, o SampaPé! realiza caminhadas mensais em diferentes bairros
históricos da cidade, para que os participantes fiquem por dentro da influência
cultural da capital paulista. No site do movimento, é possível fazer denúncias
sobre irregularidades nas ruas – como buracos na calçada, falta de iluminação e
semáforos quebrados.
Letícia acredita que, em primeiro lugar, as pessoas precisam
tomar posse do local em que vivem para que as cidades fiquem melhores. “Não é
de uma hora para outra, mas a atitude das pessoas é o que vai ampliar os
espaços direcionados a elas. Se mais pessoas ocupassem as ruas, teríamos menos
carros”, finaliza a integrante do SampaPé!.
Fonte: CicloVivo