O comércio de tecnologias e instrumentos em favor do meio
ambiente será facilitado entre os países com as maiores economias do mundo. O
Brasil, apesar do destaque como a sexta maior economia do mundo, não está entre
os beneficiados.
A meta dos países é permitir um fluxo maior de painéis
solares, turbinas de vento, instrumentos para controlar a qualidade da água e
do ar, entre outras tecnologias sustentáveis. Entre os participantes estão
China, Rússia, Estados Unidos, México, Austrália, Japão e outras 15 nações.
Tanto o Brasil, como as economias que rejeitavam um acordo
dessa natureza no âmbito multilateral estão isoladas das negociações. Os 21
países da Ásia e Pacífico que fecharam o contrato, pagarão tarifa máxima de 5%
em produtos ambientais a partir de 2015.
O acordo reduz os impostos de importação sobre bens
ambientais. O projeto era da Organização Mundial do Comércio (OMC), mas o órgão
não conseguiu concluí-lo em mais de dez anos de negociações.
"O mesmo procedimento levou mais de dez anos para ser negociado
na OMC (Organização Mundial do Comércio), sem resultados. Nós conseguimos em
apenas alguns meses", declarou o presidente russo, Vladimir Putin,
anfitrião da reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
No pacote constam 54 produtos. O Brasil, em 2008, quis
incluir etanol na lista para que a tarifa de importação diminuísse, porém a
ideia foi rejeitada por Estados Unidos e Europa. Para eles, apenas os produtos
de tecnologia deveriam entrar.
A situação gerou um conflito, pois o Itamaraty e outros
governos acusaram americanos e europeus de formar uma lista em que apenas seus
produtos fossem beneficiados. Ainda assim, há especulações de que o Brasil seja
forçado, pela Apec, a ceder e entrar no mercado lucrativo.
Com informações do
jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: CicloVivo