Na prática, um dia classificado pelo padrão antigo como de
qualidade do
ar "boa" poderá ser considerado "regular",
segundo os novos parâmetros
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Os padrões de qualidade do ar da
região metropolitana de São Paulo estão mais rígidos. Um decreto publicado
ontem pelo governo do Estado altera a medição das concentrações de poluentes na
atmosfera a partir das quais é possível atestar prejuízos potenciais para a
saúde humana.
A medida atende às recomendações
da OMS - Organização Mundial da Saúde. Os padrões atuais tem mais de 20 anos e
estavam até três vezes menos rígidos do que os estabelecidos pela OMS em 2005.
Grosso modo, um dia classificado pelo padrão antigo como de qualidade do ar boa
poderá ser considerado "regular", segundo os novos parâmetros.
De acordo com a Cetesb, pelos
padrões usados até hoje, a qualidade aceitável de poeira (material particulado)
que os paulistanos respiram num dia é de 150 mg/m³. Ao passo, que pelas novas
regras é de até 120 mg/m³ para o material particulado.
Os padrões mais rigorosos
dirigem-se principalmente a cinco tipos de poluentes: dióxido de enxofre,
dióxido de nitrogênio, ozônio, material particulado 2,5 e chumbo. Além disso, o
decreto 59.113, publicado nesta quarta-feira, 24, no Diário Oficial do Estado,
prevê nas áreas mais críticas, a necessidade de elaboração de um plano de controle
de fontes fixas e móveis.
INIMIGOS INVISÍVEIS
Relatório anual de qualidade do ar
da Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo revelou dados
preocupantes esta semana: atualmente, a poluição de ozônio é a pior da década
em São Paulo. Na prática, o paulistano ficou 98 dias respirando o poluente em
níveis inadequados.
Ameaça imperceptível a olho nu, o
ozônio não é emitido diretamente no ar, mas resultado de uma reação química, na
presença da luz solar, envolvendo substâncias primárias como o dióxido de
nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, como os hidrocarbonetos, poluentes
liberados principalmente por automóveis.
Em contato com o organismo
humano, o ozônio reage principalmente com a mucosa que reveste as vias
respiratórias, oxidando-as. Ele altera essa proteção, diminuindo nossas defesas
contra infecções. Como consequência, podem ocorrer infecções na região,
agravamento de crises de asmas, rinites, sinusites, amidalites e bronquites.
Fonte: Planeta Sustentável