Marés e fenômenos climáticos
trouxeram atuns contaminados por césio-134, elemento da usina
japonesa. | Foto :Danilo Cedrone (United Nations Food and Agriculture Organization)
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Passados mais de dois anos após o
acidente nuclear em Fukushima, os efeitos do desastre vêm sendo observados até
mesmo do outro lado do Pacífico: recentemente, muitos atuns encontrados na
costa da Califórnia, nos EUA, têm apresentado altos níveis de contaminação por
radioatividade. A situação já havia ocorrido anteriormente, mas se repete toda
vez que há ocorrência de tempestades e intempéries no mar.
Os peixes foram encontrados
concentrando o elemento radioativo césio-134, oriundo da usina nuclear, mas a
maioria dos especialistas afirma que não há motivos para alarde quando o
assunto é a alimentação.
A minoria dos atuns
comercializados nos estabelecimentos norte-americanos é proveniente de águas
japonesas – 70% são importados da América Central, enquanto os demais 30% são
produzidos nacionalmente, em Boston e Louisiana.
No início de outubro,
pesquisadores norte-americanos realizaram testes em 50 atuns capturados na
costa da Califórnia, dos quais 33 contavam com a presença de césio-134,
imediatamente atribuída ao acidente em Fukushima. Para Timothy J. Jorgensen,
diretor em Medicina e Radiação da Universidade de Georgetown, os “atuns
radioativos” não oferecem perigo aos consumidores.
“Quando o atum migra através do
oceano, os índices de radioatividade que podem ter sido adquiridos nas águas
costeiras de Fukushima diminuem consideravelmente”, explicou Jorgensen ao
jornal norte-americano Tampa Bay Times.
Contrariando às manifestações de
ativistas, especialistas argumentaram que há outros alimentos que emitem níveis
de radiações imensuráveis, independentemente do acidente nuclear em Fukushima,
e que, mesmo se o índice de césio-134 se elevar na faixa litorânea
japonesa, os consumidores do peixe não
correm perigo.
O atum é um dos peixes mais
apreciados no mundo inteiro, no entanto, o gigante da água salgada aparece na
lista dos animais que mais correm risco de extinção no habitat marinho, devido
à pesca excessiva e outros fatores.
Fonte: Ciclo Vivo