Projeto tem por objetivo aumentar a oferta do recurso
essencial nas
regiões mais áridas do planeta.
Foto :Divulgação
|
Depois que a umidade do ar nas
regiões desérticas do Egito foi equiparada à umidade presente nos Países
Baixos, o artista holandês Ap Verheggen se uniu a um grupo de engenheiros para
tirar do papel o incrível projeto do SunGlacier, uma estrutura arrojada capaz
de transformar os níveis de umidade do ar em gelo – que, depois de derretido,
pode ser consumido de diversas maneiras.
O SunGlacier foi inspirado em uma
folha gigante, com 200 m² – e, de um lado, a estrutura comporta painéis solares
que proporcionam a refrigeração dos condensadores, equipamentos responsáveis
por converter a umidade do ar desértico em gelo.
Os engenheiros do projeto e os
representantes da empresa Cofely Refrigeração afirmam que, dependendo da
maneira com que forem usadas, as placas fotovoltaicas conseguem produzir
quantidades de gelo mesmo com temperaturas altas e secas intensas – cenário
comum do Saara.
Nos testes, o SunGlacier utiliza
um sistema que reproduz as características do deserto: enquanto um umidificador
reproduz os níveis de água encontrados na atmosfera, um ventilador gigante
simula os ventos cortantes do deserto, capazes de derreter o gelo gerado pela
estrutura. Aí, então, a água vai se acumulando até atingir o limite do
SunGlacier, sendo entregue a um maior número de pessoas.
Com o agravamento da escassez de
água na região, o ambicioso SunGlacier pode se tornar um dos projetos mais
viáveis a serem implantados nos próximos anos no Saara. Entre as recentes
iniciativas de desenvolvimento sustentável para regiões áridas, destaca-se o
plano de construção de cinco usinas fotovoltaicas no Marrocos, que deverão
ampliar a matriz de geração energética limpa até 2020.
Fonte: Ciclo Vivo