A intenção é que o projeto chegue às 900 feiras que ocorrem
na capital
paulista toda semana. | Foto :Luiz Fernando/Sonia Maria/Flickr
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Por onde passam, as feiras livres
sempre deixam um odor característico, assim como os restos de alimentos. Para
dar um fim adequado a esses resíduos, a Prefeitura de São Paulo está testando
um projeto que transforma as sobras de verduras e frutas em adubo.
A intenção é que o projeto chegue
às 900 feiras que ocorrem na capital paulista toda semana, e faz parte dos
planos do prefeito Fernando Haddad, que espera retirar cerca de 62 mil
toneladas de lixo por ano dos aterros – locais em que o processo de
decomposição provoca 20 vezes mais efeito estufa.
O projeto teve início numa feira
de São Mateus, bairro da zona leste da cidade. "Hoje, 53% do lixo coletado
na cidade é orgânico, e nós não fazemos nada para aproveitá-lo. Nas feiras,
quase tudo que é descartado pode virar composto e dar vida ao solo, em vez de
ir para o aterro e produzir gás metano", afirmou ao Estadão a agrônoma Lúcia
Salles França Pinto, coordenadora do projeto.
Planeja-se criar quatro centrais
de compostagem até 2016, sendo que cada uma deverá custar 500 mil reais por mês
– mesmo valor que a Prefeitura hoje gasta para enterrar o lixo nos aterros.
Em São Mateus, o projeto já tem o
apoio de feirantes, que descartam os restos dos alimentos em caixas que vão
direto para compostagem. A medida também ajuda a deixar o região mais limpa e
evitar o entupimento de bueiros em períodos de chuva.
No bairro, o processo de compostagem
é feito em um terreno localizado ao lado da subprefeitura. O espaço, que
comporta até seis das 38 feiras da região, estava abandonado. Com o projeto,
outras subprefeituras já entraram em contato interessadas em realizar a
compostagem.
Fonte: Ciclo Vivo