O Brasil precisa investir R$ 6,7
bilhões para, de forma adequada, coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a
esse material em aterros sanitários. O dado foi divulgado na última semana pela
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
(Abrelpe).
De acordo com a entidade, caso o
país mantenha o ritmo de investimentos na gestão de resíduos registrado na
última década, a universalização da destinação final adequada deverá ocorrer
apenas em meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com
apenas 60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca
Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
A Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) prevê para agosto de 2014 o fim da destinação inadequada de
resíduos. Dados da Abrelpe mostram que há ainda cerca de 30 milhões de
toneladas de resíduos sólidos urbanos com destinação inadequada no país. “Se
não contarmos com esforços conjuntos e recursos disponíveis para custear o
processo de adequação, corremos o risco de ver o principal ponto da PNRS não
sair do papel”, destacou o diretor.
Segundo a associação, a aplicação
de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor de resíduos seria suficiente
para as adequações necessárias.
Fonte: Ciclo Vivo