Após o uso, a sacola também serve fertilizante melhorando a
vida e aumentando a segurança alimentar das pessoas carentes de um sistema de
saneamento
Para quem vive em centros urbanos, problemas relacionados ao
saneamento básico nem sempre são tão visíveis, principalmente para quem mora no
centro da cidade. Porém, o problema ainda é imenso. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS) cerca de 2,4 bilhões de pessoas não terão saneamento
básico em 2015.
No Brasil, de acordo com números do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento 2010 (SNIS), divulgado em junho de 2012, a
distribuição de água potável chega a 81,1% da população. Em termos de coleta de
esgoto, ela chega a 46,2% dos brasileiros.
O problema disso tudo é que a falta de um sistema de
saneamento gera diversas doenças para pessoas quem moram no entorno da região
precarizada. Entre as enfermidades, podemos destacar hepatite A, febre tifoide,
malária, diarreia, cólera, febre amarela e amebíase.
Alternativa
De olho nisso, a empresa sueca PeePoople criou uma sacola
para ser uma forma de auto-saneamento em termos de higiene pessoal. Para
comunidades em que o banheiro é um luxo, a sacola é uma boa alternativa para a
realização das necessidades fisiológicas. Chamado de PeePoo, o produto é
inteiramente biodegradável e evita a contaminação fecal da área imediata, bem
como o ecossistema circundante. O mais interessante ainda é que, após o uso, a
sacola se transforma em um fertilizante valioso, que pode ajudar na segurança
alimentar da população que cultiva seu próprios alimentos. O produto é simples
de se utilizado. Dê uma olhada:
A empresa procura, através de representantes, visitar comunidades
pobres, como Silanga no Nepal e Kibera no Quênia, com o objetivo de auxiliar o
combate às contaminações advindas de problemas com falta de saneamento básico.
Nessas áreas carentes, funcionários ensinam como utilizar o produto, que é
doado às residentes locais.
Veja abaixo o vídeo explicativo da empresa a respeito do
PeePoo:
Essa sacola não resolve os problemas estruturais e não
elimina doenças relacionadas à falta de saneamento básico, mas, por hora,
parece trazer o minimo de dignidade para as pessoas residentes em regiões carentes.
Fonte: PeePoople