Moda e sustentabilidade vêm
andando lado a lado nos últimos tempos. Cada vez mais a moda agrega valor a
produções que são criadas com foco não só no que está em alta, mas também em
como determinada peça pode (ou não) trazer impactos ao meio ambiente.
A ONG Projeto Arrastão há anos
produz acessórios, como bolsas e carteiras, feitas de lona e banner de
outdoors, reaproveitando um material que antes era facilmente descartado. E,
agora, se destaca com a produção de sapatilhas a partir de tecidos - como
lonitas e chitas - recebidos através de doação, e borracha de pneu de aviões
para os solados, que antes eram também descartados sem nenhum tipo de
tratamento.
O grupo produtivo de mulheres da
região recebeu capacitação na produção de alpargatas graças à parceria do
Projeto Arrastão com a estilista Paula Raia, no programa Morango para Todos,
que hoje fornece modelos exclusivos de alpargatas em lojas com parte da renda
revertida para os produtores. E eles cresceram. Atualmente criam alguns modelos
que são vendidos no Bazar & Brechó do Projeto Arrastão: sapatilhas e
sandálias criadas a partir do estudo das principais tendências de moda para o
Alto Verão 2014.
E além das tendências de moda e
da preocupação com a reciclagem de materiais, atuando diretamente na
preservação ambiental, cada par carrega a certeza do fortalecimento do
empreendedorismo de mulheres do Campo Limpo, bairro da zona sul de São Paulo, e
região que fazem parte desse grupo. Atualmente, elas realizam a produção dentro
da organização e com o lucro da venda de peças destinado a elas garantem suas
rendas. Isso sim é sustentabilidade da cabeça aos pés.
Qualquer modelo custa apenas R$
30,00 e é vendido no Campo Limpo, SP, na rua Dr. Joviano Pacheco de Aguirre,
255. Para mais informações visite o site.
Sobre o Projeto Arrastão
Fundado em 1968 por um grupo de
voluntárias, o Projeto Arrastão é uma organização sem fins lucrativos que
trabalha o desenvolvimento comunitário por meio de ações de promoção social,
educacional e cultural. Atualmente realiza cerca de 1.300 atendimentos diários
para crianças, adolescentes, jovens e adultos, somando cerca de cinco mil
atendimentos indiretos por mês.
Fonte: Ciclo Vivo