as melhores soluções sustentáveis - Foto: Agência
Brasil
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O Brasil tornou-se, na última
segunda-feira (24), sede do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável,
RIO+, espaço de debate e articulação de ações econômicas, sociais e ambientais
para promover práticas sustentáveis de desenvolvimento.
O lançamento foi anunciado pela
ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pela vice-diretora mundial do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Rebeca Grynspan,
durante o seminário internacional “Rio+20: A Implementação dos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, no Jardim Botânico.
Izabella Teixeira lembrou que o
Rio+ foi formalizado durante a Rio+20 para que fosse um órgão
“paragovernamental”.
“O centro nasce não para ter
consenso, tem que ser ambicioso, trazer novas ideias, influenciar a sociedade
para a questão, um lugar de livre pensar”, disse a ministra. “Será um local
para pensar o desenvolvimento sustentável, um modelo inovador de
desenvolvimento de ideias, com a participação da sociedade, governos e especialistas”,
declarou a ministra.
Izabella lembrou que a Rio+20
mudou a relação do Brasil com as Nações Unidas para melhor. O novo centro é
exemplo disso. “Foi um upgrade”, disse ela, ao apostar que o centro seja também
liderança no debate sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
O centro tem apoio de mais de 20
instituições nacionais e estrangeiras: reunirá cientistas do mundo todo para
encontrar as melhores soluções sustentáveis e inclusivas para o planeta. O
Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), no Fundão, zona norte do
Rio de Janeiro, será o local temporário do centro pelos próximos dois anos.
Rebeca Grynspan disse que o novo
espaço poderá interferir positivamente nas discussões intergovernamentais que
culminam em setembro de 2014 na sede das Nações Unidas. “Até agora tem sido
muito difícil reunir as interdisciplinaridades das agendas e o centro tem a
missão de contribuir para a convergência dos temas, como o da erradicação da
pobreza e do desenvolvimento sustentável”, disse ela.
O coordenador do centro,
designado pelo Pnud, Rômulo Paes, informou que os aportes iniciais para os
projetos são da ordem de US$ 4,5 milhões, de um pool de contribuidores da
Rio+20, mas que também estão sendo feitas parcerias público-privadas para o
desenvolvimento de pesquisas sustentáveis.
“Teremos pesquisadores de várias
instituições visitando o centro. Vamos trabalhar em rede e receber diversos
pesquisadores que possam contribuir para a produção de conhecimento”, contou
ele.
O espaço tem, por enquanto, cinco
servidores do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). A sede
permanente deve ser construída no centro do Rio. Segundo o coordenador do
projeto, a ideia é que seja construído de maneira 100% sustentável.
Dentre os parceiros, estão
incluídos as entidades brasileiras Fundação Getulio Vargas e o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O secretário de Ambiente do
estado do Rio e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lembrou que os assuntos
debatidos no seminário internacional e que as ações do novo centro refletem
alguns dos anseios da multidão que tem se manifestado nas ruas do Brasil.
“Esses temas estão interligados
com grande parte da voz das ruas. Sustentabilidade é ter saúde boa, ter
transporte sem emitir carbono e com um mínimo de conforto. Não adianta ter
estádio com padrão Fifa e outros serviços com padrão sub-Fifa”, declarou ele.
Minc informou que o governo abriu
mão de cerca de R$ 7 milhões anuais da conta de luz da Coppe para criar um
fundo para desenvolver energia solar dentro da UFRJ, entre outros projetos
sustentáveis.
Minc chamou a atenção para a
proposta de que as universidades e escolas técnicas abram mais espaços de
pesquisas que dialoguem com o novo centro da Organização das Nações Unidas no
Brasil.
Fonte: Ciclo Vivo