O teto da pequena moradia será equipado com
um painel solar.
- Foto: Divulgação
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Os abrigos para refugiados normalmente são compostos por uma estrutura bem precária, que não passa de uma barraca de lona, apertada e sem muita proteção ou privacidade. Um conceito da Fundação Ikea pode mudar isso, oferecendo aos refugiados uma cabana maior e com energia limpa.
A inovação será lançada
oficialmente no próximo mês, através de uma parceria entre a Ikea e o Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). A partir de então,
os refugiados poderão viver em condições mais humanas que as atuais.
Conforme informado pelo CEO da
Fundação Ikea, Per Heggenes, em declaração ao FastCoExist, atualmente existem
3,5 milhões de pessoas que vivem em tendas disponibilizadas pela ONU por serem
refugiados, mas essa situação atinge até 43 milhões de pessoas no mundo. As
barracas tradicionais acabam sendo frias no inverno e quentes no verão. Além
disso, as famílias dificilmente conseguem manter hábitos tradicionais, pois não
têm eletricidade ou iluminação.
Existem famílias que acabam vivendo por décadas em
abrigos
de emergência. - Foto: Divulgação
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A necessidade de oferecer
melhores estruturas para os abrigos de emergência deve-se ao fato de que nem
sempre eles são temporários. Existem famílias que acabam vivendo por décadas
nesta situação, principalmente quando são “deslocados internos”, ou seja,
refugiados dentro de seu próprio país.
O abrigo da Ikea tem a estrutura
feita em plástico leve e altamente resistente. A lona utilizada foi fabricada
com tiras de alumínio e poliolefinas, que funciona como uma manta térmica. Ela
oferece alto nível de reflexão dos raios solares (70%), deixando a temperatura
interna mais agradável, e pode ser facilmente desmontada e transportada para
outro lugar.
Atualmente, os custos para a fabricação dos abrigos
é de US$
10 mil. - Foto: Divulgação
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O teto da pequena moradia será
equipado com um painel solar, que deverá fornecer energia suficiente para
alimentar uma lâmpada e uma tomada USB. Existe o projeto de utilizar células
fotovoltaicas orgânicas, impressas diretamente no tecido. Se essa alternativa
der certo, a obtenção energética será ainda maior e mais eficiente.
Atualmente, os custos para a
fabricação dos abrigos é de US$ 10 mil, mas a Fundação pretende conseguir
produzi-lo em grande escala com valor reduzido para mil dólares. O modelo
promete ser dez vezes mais resistente que as barracas comuns.
Fonte: Ciclo Vivo