quarta-feira, 5 de junho de 2013

Entenda a diferença entre preservação e conservação


Para muita gente pode parecer a mesma coisa ou causar alguma confusão. Mas os dois conceitos são discutidos há muito tempo e formam duas correntes ideológicas distintas no que diz respeito à relação do homem com a natureza.

Na segunda metade do século XIX, iniciou-se uma tendência mundial de criação de áreas naturais protegidas como resposta aos efeitos destrutivos que nosso modelo de sociedade causa aos meios naturais. Com o passar do tempo, no entanto, uma questão igualmente importante tornou-se foco de disputas e posicionamentos distintos sobre essas áreas: elas podem ou não ter presença humana?

Os preservacionistas defendem que as áreas naturais não devem sofrer interferência da ação humana. O maior expoente dessa corrente foi o naturalista John Muir, que ficou conhecido pelo seu “deslumbramento” pela natureza. Para ele, o natural é algo que prescinde da ação e ocupação humana, por isso deve se manter intocado. Essa corrente tende a compreender a proteção da natureza independentemente do interesse utilitário e do valor econômico que possa conter.

Já os conservacionistas defendem a possibilidade de manejo sustentável dos recursos naturais. Por volta de 1940, o cientista e ecologista Aldo Leopold, precursor da Biologia da Conservação, propôs um manejo que visasse maior proteção do que a ‘intocabilidade’, o que na época foi inovador. Para ele, na conservação a participação humana precisa ser de harmonia e sempre com intuito de proteção.

Segunda Suzana Pádua, em sua coluna no site O Eco, a inclusão das necessidades sociais tem sido uma constante nos movimentos ambientalistas, que têm incluído alternativas de renda que visam a melhoria da qualidade de vida humana com práticas que enfocam e valorizam a natureza local. “Esta abordagem resulta da impossibilidade e da injustiça de se pensar em conservar espécies e ecossistemas ameaçados, quando as condições de humanas são indignas. Com base nesse novo pensar surgiu o termo ‘socioambiental’, onde o social e o ambiental são verdadeiramente tratados de maneira integrada”.



Fonte: Superinteressante 
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