No universo das embalagens, as laminadas por dentro são um
grande desafio para a reciclagem. Pensando nisso, a WiseWaste - empresa de
desenvolvimento tecnológico especializada em reciclar todos os tipos de
materiais -, desenvolveu um processo sustentável nunca usado em grande escala
no mercado: tornar embalagens laminadas com alumínio em uma resina capaz de ser
processada novamente e transformada em objetos, como instrumentos musicais e
displays de pontos de venda, por exemplo.
O processo será utilizado pela primeira vez no “Reciclar éShow”, projeto nacional de reciclagem e música da marca de refrescos em pó
Tang, que estimulará mais de cinquenta mil crianças a arrecadarem este tipo de
material e transformá-lo em instrumentos musicais.
A técnica desenvolvida para a fabricação da resina foi
viabilizada em pouco mais de quatro meses entre pesquisas e testes e buscou
desde o princípio alcançar a Economia Circular, ou seja, ajudar na extensão da
vida útil de um material e evitar que recursos não renováveis sejam extraídos
da natureza. Com a nova solução para a categoria de embalagem, materiais deste
tipo se tornam mais interessantes para as cooperativas participantes do projeto
piloto.
O primeiro desafio
enfrentado pela WiseWaste foi descobrir no que seria viável transformar estas
embalagens, que geralmente contam com três camadas diferentes e incompatíveis:
PET (polyester), AL (folha de alumínio) e PE (polietileno). “Do teste de
reciclagem desses materiais, o resultado foi uma resina plástica capaz de ser
processada novamente e transformada em um instrumento de percussão, por
exemplo”, dizem os fundadores da WiseWaste Guilherme Brammer e Francisco Sousa.
“O segundo desafio foi fazer com que a resina que criamos fosse não só aprovada
pelas principais empresas especializadas em produzir instrumentos musicais,
como a Contemporânea e Flautas Presley, mas também que as companhias a
utilizassem em seus instrumentos profissionais, o que cumprimos com êxito”, diz
a WiseWaste.
Fonte: CicloVivo