quarta-feira, 15 de maio de 2013

Com incentivo financeiro, Las Vegas adota medidas sustentáveis



O excesso de luzes nos cassinos, hotéis e restaurantes sempre foi o chamariz de Las Vegas

Uma cidade que surge em meio a uma formação desértica, em 1905. Uma outra cidade iluminada, repletas de faixas, cassinos e casas de shows que recebe por ano 40 milhões de turistas. Os dois casos referem-se à Las Vegas, nos Estados Unidos, conglomerado urbano famoso pelos desperdício de energia. Mas se esta metrópole acumulava críticas pelas suas fachadas, também é verdade que passou a receber muitos elogios a partir de 2005, por conta de suas iniciativas sustentáveis, segundo noticiou o Guardian Sustainable BusinessBlog.

As mudanças em Las Vegas tornaram-se mais contundentes depois que o Legislativo do estado de Nevada aprovou um pacote de incentivos financeiros. Os empresários que adotam medidas ambientalmente sustentáveis nas construções, por exemplo, têm esse gasto ressarcido pelo governo.

Os empreendimentos construídos sob o conceito Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental) devem estar aliados a uma série de sistemas de classificação para a concepção, construção e operação. Para receber o certificado Leed Building é preciso reduzir insumos desde a construção, adotar ideias criativas para a geração de energia, ser adaptado à geografia local, às paisagens; e reutilizar os resíduos. As ideias do Leed já são adotadas em 135 países. Em Las Vegas, são 97 construções com esses princípios. 

Água

Os grandes prédios da cidade mostram como reduzir o desperdício do recurso. Descargas diminuem 1,28 litros de água a cada vez que são acionadas. O modelo mais tradicional tem seis litros por descarga. Outra medida é o uso de uma “supermáquina” usada em hotéis para lavagem de lençóis, que reduz em 30 litros o gasto de água por lavagem.
Para a irrigação de jardins, campos e gramados, um resort resolveu usar nanofiltros para limpar a água de uma corrente subterrânea, considerada imprópria para o consumo humano.

Lixo

Os cassinos geradores de 500 mil toneladas de lixo anuais tentam reduzir a pegada ecológica. Antes a maioria desse insumo ia para os aterros sanitários. Com o incentivo do governo, os empreendimentos investiram na triagem dos resíduos sólidos, além de destinar para a venda, por exemplo, plástico, papel e produtos de alumínio.

Os resíduos das refeições são enviados para uma fazenda de porcos nas proximidades ou passam por compostagem. O óleo que é usado no cozimento é recolhido e vendido para ser convertido em biocombustível. O reparo de colheres e copos, que normalmente acabavam no lixo devido a danos ínfimos, tem evitado o gasto de 800.000 dólares ( R$ 1,6 milhões), por ano.


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