quarta-feira, 15 de maio de 2013

Beber água reciclada do esgoto pode ser realidade em Londres


 

De acordo com a Thames Water, em 25 anos a necessidade de água potável em Londres deve aumentar cerca de 80%
Foto: meliterra

Já imaginou tomar água do esgoto? Parece nojento, mas depois de passar pelo sistema de depuração adequado não apenas é possível, como já é uma realidade em algumas partes do mundo, como Cingapura e Estados Unidos. A próxima a adotar a ideia será Londres. A empresa Thames Water, que fornece água potável para a capital inglesa, acaba de lançar uma nova estratégia de longo prazo para reciclar o esgoto e fornecer água potável para toda a população, segundo o The Guardian.

O esgoto pode ser reciclado a partir de dois processos. Um deles é conhecido como osmose inversa. O líquido é forçado contra membranas muito finas que filtram o sal e outras substâncias, mas deixam as moléculas de água passar. Além disso, o material também sofre um processo de desinfecção com radiação ultravioleta para garantir a pureza da água reciclada. Ambos processos são caros, mas os especialistas afirmam que pode sair mais em conta do que importar água, uma realidade futura caso a água potável fique escassa.

Reutilizar águas residuais não é uma novidade quando se trata da utilização desta para irrigação, por exemplo. Mas quando se fala na utilização desse recurso para o consumo humano, os pesquisadores afirmam que ainda existe uma rejeição psicológica do consumidor, o que reduz a propagação desse processo.

 

Foto: sxc.hu

Em Londres, não foi diferente. Como previsto, o plano não agradou a todos, no entanto, o processo foi a estratégia vista pela a empresa como uma solução para a crescente demanda de abastecimento humano. De acordo com a Thames Water, em 25 anos a necessidade de água potável deve aumentar cerca de 80%, o que preocupa a empresa.

Além da reciclagem de águas residuais, a Thames Water também planeja passar a próxima década consertando canos com vazamentos e incentivando as pessoas a obter os seus 160 litros diários. Tudo no intuito de evitar o máximo de desperdício e garantir a existência da água potável para as gerações futuras.


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