quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sabedoria oriental


Em busca de luz, o arquiteto japonês Yo Shimada, do escritório Tato Architects, encontrou um recurso valioso para fechar os anexos no topo desta casa de 120 m² na região montanhosa e nublada de Hyogo: folhas duplas de policarbonato corrugado presas à estrutura de ripas de pínus.

Além de potencializar a luminosidade natural e abater o consumode energia, a solução ajudou a reduzir o orçamento do projeto, que abriga sala de estudos, quarto e banheiro (fotos abaixo). “Escolhium material translúcido e reciclável como o vidro, porém mais barato e com maleabilidade”, diz o profissional.

Na sala de banho, para garantir privacidade, Yo inseriu uma lâmina feita de sobras de garrafas pet entre as chapas de policarbonato do teto e das paredes, medida que amenizou a transparência e ainda reforçou o isolamento térmico do ambiente. “De fora, só é possível visualizar silhuetas”, afirma. No terraço onde estão as construções, o piso traz revestimento impermeável de FrP, polímero de vidro também reciclável. Por fim, o formato de cabana não é gratuito: ele rende homenagem aos camponeses locais.

Sustentável é caber no orçamento


Eis por que a morada de Yo Shimada é exemplar. Segundo o engenheiro Vanderley John, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), o custo dos materiais deve, sim, entrar na conta que define se uma construção é ou não sustentável.

Vanderley também aponta a importância de observar não só a origem como também a aplicação, a manutenção e a vida útil dos materiais para classificá-los como verdes. “Uma estrutura de madeira de reflorestamento, por exemplo, possui impacto ambiental baixo. 

Mas, se o projeto não protegê-la da umidade, ela vai durar apenas alguns anos e dificilmente poderá se enquadrar na ideia de sustentável. O mesmo se aplica a outras opções recicláveis”, alerta.

Fonte: Planeta Sustentável 
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