Em busca de luz, o arquiteto japonês Yo Shimada, do escritório Tato Architects, encontrou um recurso valioso para fechar os anexos no topo desta casa de 120 m² na região montanhosa e nublada de Hyogo: folhas duplas de policarbonato corrugado presas à estrutura de ripas de pínus.
Além de potencializar a
luminosidade natural e abater o consumode energia, a solução ajudou a reduzir o
orçamento do projeto, que abriga sala de estudos, quarto e banheiro (fotos
abaixo). “Escolhium material translúcido e reciclável como o vidro, porém mais
barato e com maleabilidade”, diz o profissional.
Na sala de banho, para garantir
privacidade, Yo inseriu uma lâmina feita de sobras de garrafas pet entre as
chapas de policarbonato do teto e das paredes, medida que amenizou a
transparência e ainda reforçou o isolamento térmico do ambiente. “De fora, só é
possível visualizar silhuetas”, afirma. No terraço onde estão as construções, o
piso traz revestimento impermeável de FrP, polímero de vidro também reciclável.
Por fim, o formato de cabana não é gratuito: ele rende homenagem aos camponeses
locais.
Sustentável é caber no orçamento
Vanderley também aponta a
importância de observar não só a origem como também a aplicação, a manutenção e
a vida útil dos materiais para classificá-los como verdes. “Uma estrutura de
madeira de reflorestamento, por exemplo, possui impacto ambiental baixo.
Mas,
se o projeto não protegê-la da umidade, ela vai durar apenas alguns anos e
dificilmente poderá se enquadrar na ideia de sustentável. O mesmo se aplica a
outras opções recicláveis”, alerta.
Fonte: Planeta Sustentável