Foto: Arquivo pessoal
365 dias e, apenas, um pote de lixo em casa. Você seria
capaz de praticamente zerar sua produção de resíduos? Incentivada pela mãe Bea,
a família Johnson, de classe média alta, encarou o desafio e não só conseguiu
cumpri-lo, como recomenda que outras famílias façam o mesmo. Você se
arriscaria?
Segundo Bea – que já lançou até um livro, o Zero Waste Home,
para inspirar outras pessoas a reduzir drasticamente sua produção doméstica de
lixo – o segredo é adotar a filosofia dos cinco Rs: recusar, reduzir,
reutilizar, reciclar e compostar (rot, em inglês). Duvida? Há três anos, os
Johnson vivem dessa maneira – e, pelo menos para eles, a tática funciona muito
bem.
Entre outras atitudes, os alimentos da família são todos
comprados a granel – e carregados em recipientes levados por eles mesmos ao
mercado –, as contas são todas recebidas via e-mail para evitar o papel e os
produtos de limpeza e higiene são feitos de forma caseira, dispensando
embalagens descartáveis – Bea faz até sua própria maquiagem em casa, acredita?
Reduzindo a produção de resíduos, reciclar, reutilizar e compostar fica muito
mais fácil, garantem eles.
A aventura dos Johnson rumo ao Zero Waste (ou Desperdício
Zero, em português) começou há dez anos: pai, mãe e dois filhos viviam,
confortavelmente, em uma região nobre da Califórnia, carregando felizes para
fora de casa os cerca de mil quilos de resíduos (!) que os americanos produzem,
em média, todos os anos. Mas, apesar da vida de Barbie que levava, Bea não
estava feliz. Sentindo-se aprisionada a uma vida artificial, ela propôs que a
família mudasse para uma casa menor e foi aí que tudo começou.
Para se acomodar no novo lar, os Johnson tiveram que se
desfazer de 80% dos seus pertences. No começo não foi fácil, mas quando
aprendeu a se desapegar das coisas, a família achou incrível a sensação de se
dedicar mais às pessoas e menos aos objetos e decidiu, então, embarcar no
desafio Zero Waste Home, que recomeça a cada ano. E eles não pretendem parar
tão cedo!
No início, o pai, Scott, não gostou muito da aventura, mas
ele mudou de ideia quando fez as contas no papel e descobriu que a
“brincadeira” tinha reduzido os gastos anuais da casa em 40%. E aí, animou?
Fonte: Super Interessante