O desenvolvimento da nova fonte de geração limpa fez surgir
um novo termo para este tipo de indústria, hoje nomeado como sucroenergético. |
Foto: Royal Olive/Flickr
As sobras dos bagaços de cana vêm sendo utilizadas para
levar eletricidade a regiões do norte de Alagoas. Antes considerados como um
grave problema ambiental, os resíduos hoje são utilizados pela principal usina
hidrelétrica da região, e têm capacidade de abastecer cerca de cem mil
residências no estado nordestino.
Localizada na cidade de São Luís do Quitunde, a indústria
que transforma cana de açúcar em energia investiu cerca de R$ 15 milhões para
concretizar o projeto do novo método de geração. Hoje em dia, a comercialização
da biomassa rende 5% dos lucros da empresa.
No verão, quando os níveis dos reservatórios das usinas
hidrelétricas diminuem, os resíduos de cana dão conta de suprir a demanda de
energia hidrelétrica das cidades de Matriz do Camaragibe e São Luís do
Quitunde, onde está localizada a usina Santo Antônio, a maior da região, cujas
máquinas também são movidas pela biomassa da cana.
O desenvolvimento da nova fonte de geração limpa fez surgir
um novo termo para este tipo de indústria, hoje nomeado como sucroenergético,
já que a produção deixa de ser apenas sucroalcooleira, passando a incluir
também a geração de energia verde em suas atividades.
Em 2001, a usina Santo Antônio ainda tratava os restos de
cana de açúcar como um tipo de resíduo indesejável, com potencial para causar
danos ao meio ambiente, inclusive podendo contaminar o solo. Na época, para reduzir os impactos do
material considerado como lixo, parte da cana era vendida para empresas de
papel, e a tonelada da biomassa não chegava a custar R$ 15. Atualmente, com o
avanço da tecnologia de geração de energia renovável, cem quilos do material
são capazes de gerar 60 kW/h e custam R$
50, valor 300% maior que o cobrado na década passada.
Com informações do G1.
Fonte: CicloVivo