Representantes de 70 países
começaram na segunda-feira, 18 de março, a discutir o uso sustentável da
bioenergia e sua consequência na redução dos gases de efeito estufa. O
encontro, promovido pela Global Energy Partnership (Gbep), é realizado na
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Brasília e prossegue
até o próximo sábado (23), inclusive com visitas de campo à Embrapa Cerrados na
quarta-feira (19), e a uma usina de produção de biodiesel em Anápolis, Goiás,
na quinta-feira (21).
De acordo com a embaixadora
Mariangela Rebuá, copresidente da Gbep, trata-se de um fórum mundial que se
propõe a estabelecer consenso nas ações de desenvolvimento sustentável de
bioenergia. Por isso, a programação de seis dias no Seminário está estruturada
em torno de questões ambientais, econômicas e sociais, tais como:
requalificação dos trabalhadores, geração de emprego e renda, segurança
alimentar, emissões de gases de efeito estufa e mudanças no uso da terra e da
água.
A embaixadora destacou que o
Brasil oferece apoio à produção de bioenergia em países em desenvolvimento, por
meio de iniciativas de cooperação e capacitação, especialmente com estudos de
viabilidade para a produção e definição de marcos regulatórios para o setor. O
entendimento do governo brasileiro, segundo ela, é de que “a produção e uso
sustentável da bioenergia podem proporcionar melhorias econômicas e sociais,
além de redução das desigualdades ao longo da cadeia produtiva de alimentos”.
Para o pesquisador Manoel
Teixeira Souza Júnior, chefe da Embrapa Agroenergia, a produção de
matérias-primas para biocombustíveis gera empregos na área rural, desconcentra
e distribui renda. Em muitos países, especialmente nos que não produzem
petróleo, os biocombustíveis contribuem para diminuir a dependência energética
externa, e o Brasil tem ampliado parcerias no exterior para, com o intercâmbio
de conhecimento, aumentar a eficiência no uso de produtos como pinhão-manso,
dendê e macaúba, entre outros.
Fonte: Ecodesenvolvimento.com