Protestando contra o consumo
excessivo, os Fellmer decidiram viver de favor no porão de uma casa em Berlim,
realizando reparos em troca de peças de roupas e fazendo as refeições com os
alimentos que alguns supermercados da capital alemã jogam no lixo.
A greve de dinheiro teve início
há três anos, quando Raphael, marido de Nieve e pai de Alma Lucia, de um ano,
fez uma viagem ao México sem gastar um centavo e percebeu a forma desordenada
com que as pessoas torram dinheiro mundo afora.
Embora sustentável e livre do
consumismo, a vida da família Fellmer não é muito fácil: de acordo com Raphael,
eles só gastam dinheiro para pagar as tarifas de água e energia. Nieve, esposa
e mãe, usou dinheiro apenas para realizar o acompanhamento pré-natal de Alma
Lucia.
Quando precisam de roupas,
sapatos ou até mesmo móveis para o lugar em que vivem, os pais da menina
prestam serviços de jardinagem, consertam eletrodomésticos e fazem reparos no
encanamento ou na fiação da casa que possui o porão que os abriga.
Raphael, que nasceu em uma
família de classe média alta, diz que a intenção do protesto não é pedir para
que as pessoas parem de gastar, mas provar que é possível viver evitando o
consumo excessivo e valorizando as coisas simples que não podem ser compradas.
O alemão mantém o site Forward the (R)evolution em que são realizadas campanhas
de consumo consciente e redução de resíduos sólidos.
Fonte: Ciclo Vivo