O gosto por domesticar animais
exóticos tem contribuído para a extinção de diversas espécies. Representantes
de 178 países, que compõem a Convenção sobre o Comércio Internacional de
Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestre, se reuniram em Bangcoc para
debater estratégias de combate ao comércio ilegal de animais.
De acordo com os ambientalistas
presentes no evento, os animais exóticos têm sido negociados por
colecionadores. Entre as espécies ameaçadas em consequência dessa prática estão
tartarugas, anfíbios, macacos, felinos, entre outros.
Uma das estratégias para inibir a
prática é o aumento na fiscalização e a intensificação na proteção das diversas
espécies. Isso foi feito com as tartarugas, por exemplo. No entanto, a
intensificação atinge apenas algumas dezenas delas, mesmo que existam mais de
300 espécies de tartarugas, que quanto mais raras, mais valor têm para o
comércio ilegal.
“Vemos casuarídeos, que são aves
naturais da Austrália e Nova Guiné de 1,5 metro de altura, que podem dar
patadas e matar uma pessoa. Vemos também serpentes venenosas do mundo inteiro.
Não entendo o desejo de possuir um animal que pode matar”, explicou Chris
Shepherd, da ONG Traffic, em declaração à agência AFP.
Os ambientalistas explicam que o
problema vai além dos animais comercializados. A captura de um animal
representa a morte de outros dez exemplares de sua espécie, conforme informado
pelos especialistas. Um dos problemas é o incentivo midiático a essa domesticação
de animais exóticos. A presença de macacos e outras espécies em programas
televisivos acaba se tornando um exemplo para outras pessoas.
Fonte: Ciclo Vivo