Garrafas plásticas causam grande impacto ambiental
A água é uma das mais importantes substâncias presentes na
Terra. Sem água, não haveria vida. Os médicos indicam o consumo de, no mínimo,
dois litros de água por dia para garantir o bom funcionamento do nosso
organismo. Mas de onde vem sua água? Você já parou para pensar quanto as opções
que faz ao consumir a preciosa substância, qualidade do líquido e embalagem?
O impacto ambiental da embalagem
As garrafas de água, na grande maioria das vezes, são feitas
de um tipo específico de plástico derivado do petróleo chamado politereftalato
de etileno, comumente conhecido como PET. De acordo com matéria publicada narevista National Geographic, os EUA, maior consumidor mundial de água mineral
engarrafada, supre sua demanda anual com o equivalente a 29 bilhões de
garrafas, para as quais a produção envolve cerca de 17 milhões de barris de
petróleo na manufatura do PET. Uma quantidade considerável, sobretudo ao
pensarmos que se trata de um produto, praticamente, descartável. Isso mesmo,
uma quantidade enorme de energia envolvida para que utilizemos somente uma vez
o produto. De certo importa as reciclabilidade do material, mas não devemos
esquecer o investimento em energia e logística necessários à reciclagem e, sobretudo,
que somente uma fração do produto acaba sendo reprocessado. Uma enorme
quantidade do material tem como destino os depósitos de lixo e o pior, muitas
vezes acabam em rios e mares.
Saúde do seres
Ao chegar ao meio ambiente, principalmente nos oceanos, as
garrafas levam aproximadamente 400 anos no processo de degradação. Além disso,
acabam transformando-se em microplástico, pequenas partículas plásticas
poluentes e tóxicas, responsáveis pela morte de milhares de animais.
O politereftalato de etileno, como o próprio nome sugere,
possui ftalatos em sua composição. Estudos relacionam este composto químico ao
desenvolvimento de diabetes e obesidade em homens. Esse composto também é
considerado uma fonte de xenoestrogênio, que pode levar ao desenvolvimento de
inúmeros problemas de saúde para as mulheres, como desregulação hormonal e
doenças ovarianas.
Enfrentando o problema
O IPEA aponta que, no Brasil, entre os anos de 1974 e 2003,
houve um aumento no consumo de água mineral por famílias, de 5.694%. A ideia
seria diminuir o consumo de água engarrafada ao mínimo necessário. De acordo
com o Ministério da Saúde, a Anvisa e as empresas de saneamento estaduais
afirmam que a água que sai da torneira das residências é própria para consumo imediato.
Mesmo assim, o mais indicado para o consumo de água em casa
seria a combinação da filtragem e a não geração de mais lixo, assim como a
precaução contra a possibilidade de exposição da saúde a riscos desnecessários
(potencialmente associados ao consumo de água engarrafada em embalagens
plásticas). Os filtros domésticos são boas opções. Alguns dos modelos utilizam
energia elétrica, mas há outros que não requerem o consumo de eletricidade. Dos
filtros não são movidos a energia elétrica, uma alternativa é Pure It, da
Unilever, é um dos mais indicados, pois além da economia de energia, não exige
conexão com a tubulação e possui, como se espera, tecnologia microbicida
eficaz. A capacidade de filtragem do kit purificador declarada pelo fabricante
é de 750 litros. Variações de preços podem ocorrer, mas ao considerarmos o
custo do litro de água engarrafada à razão de 1 real o litro, o valor alcançado
no consumo dos 750 litros será superior a três vezes o valor do aparelho.
O plástico é extremamente importante para o homem e pode ser
utilizado no desenvolvimento de produtos de tecnologia de ponta. Mas seu uso
deve ser restrito a situações em que ele é indispensável.
Fonte: eCycle