As lâmpadas fluorescentes, apesar
de mais caras, entraram com tudo no mercado: são mais econômicas e duram mais.
Em relação às incandescentes, elas têm de 3 a 6 vezes mais eficiência luminosa,
têm vida útil até 15 vezes mais longa e 80% de redução de consumo de energia,
segundo dados a Revista Química Nova na Escola, da Sociedade Brasileira de
Química.
Mas nem tudo é só vantagem. As
lâmpadas fluorescentes são fabricadas com vidro, alumínio, pó fosfórico e…
mercúrio, elemento químico tóxico que pode contaminar água, solo, animais,
plantas e pessoas.
O artigo A Questão do Mercúrio em
Lâmpadas Fluorescentes explica que o mercúrio tem uma grande capacidade de se
acumular nos organismos vivos ao longo da cadeia alimentar. “O acúmulo do
mercúrio, em especial do metilmercúrio em peixes de águas contaminadas, pode
resultar em risco para o homem, além dos pássaros e mamíferos que se alimentam
dos peixes”.
Atividades como mineração, queima
de combustíveis fósseis, fabricação de cimento e aterros sanitários irregulares
muitas vezes são responsáveis por contaminar rios, lagos e mares. As
consequências voltam para o próprio homem, que sofre com problemas como perda
de memória, alterações de metabolismo, irritações a pele e danos no sistema
respiratório.
Por isso, é bom consumir lâmpadas
fluorescentes e economizar, mas é igualmente importante atentar-se ao momento
em que elas queimam e têm de ser
descartadas. O mesmo vale para pilhas e baterias, que também são classificadas
como resíduos perigosos e não podem ir para o lixo comum.
Um dos artigos da Política
Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305 em 2010, prevê que os
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de lâmpadas
fluorescentes devem estruturar e implementar sistemas de logística reversa, com
o retorno do produto usado pelo consumidor. Mesmo assim, o mercado brasileiro
não está totalmente preparado para receber ao lâmpadas usadas e destiná-las
corretamente.
O que fazer?
Por lei, estabelecimentos comerciais
que realizam a revenda de tais produtos são obrigados a recebê-los e enviá-los
para tratamento adequado. Para fazer o descarte, procure as lojas da sua cidade
e cobre o recolhimento do material.
O site E-Cycle tem um sistema de
busca que ajuda você a achar pontos de coleta mais próximos (de lâmpadas e
outros materiais) e o CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) fornece
alguns endereços que recolhem lâmpadas.
Fonte: Superinteressante