terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aquecimento global reduz capacidade de trabalho em 10%


À longa lista de fatores que prejudicam a capacidade de trabalho de uma pessoa, que vai de problemas de saúde a um simples desânimo, adicione mais um: o “estresse térmico”. Um estudo publicado na revista científica “Nature Climate Change” sugere que o aumento da temperatura global nos últimos 60 anos reduziu a capacidade de trabalho em 10%.

Se sair de casa nos meses mais quentes e abafados do ano já é difícil, para quem trabalha longe do ar condicionado a realização das tarefas pode ser ainda mais estressante. Segundo os cientistas, o verão, marcado por picos no termômetro, é o período onde a queda é mais pronunciada, especialmente em países localizados em zonas tropicais.

Quem mais sofre são os trabalhadores de indústrias pesadas, construção civil, exército, agricultura e de regiões diretamente afetadas por eventos naturais extremos. Elaborada por um grupo da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), a pesquisa indica como zonas vulneráveis a região da Península Arábica, o Sudeste da Ásia, além do Norte da Austrália e o subcontinente indiano.

A previsão é de que o aquecimento global poderá prejudicar ainda mais a aptidão do trabalhador para desempenhar suas funções nas próximas décadas. De acordo com a pesquisa, a capacidade de trabalho em 2050 será reduzida a 80% do que hoje.

Não para aí. Dentro de dois séculos, por volta de 2200, a redução prevista é para 40% durante os picos de calor. E quanto menor for a capacidade de trabalho do trabalhador, menor será sua produtividade, em termos qualitativos e quantitativos.

Fonte: Exame.com 
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