Mais de 1,3 bilhão de pessoas vivem sem acesso a luz
elétrica em todo o mundo
Foto: UN Photo/Ryan Brown
Países que trocam as lâmpadas, velas, lanternas e outros
sistemas tradicionais de iluminação para sistemas de energia solar podem
recuperar seus gastos em menos de um ano, afirmou o Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), destacando novos estudos que mostram o
desenvolvimento e benefícios climáticos da iluminação "não
convencional". A declaração foi feita no dia 20 de fevereiro.
"Substituir as 670 milhões de lâmpadas de querosene em
todo o mundo pela iluminação por energia solar, mais limpa e segura, representa
uma grande oportunidade a ser seguida em várias frentes, a partir de cortes nas
emissões globais de carbono e diminuição dos riscos de saúde causados pela
poluição do ar interior, suporte para tecnologias verdes e geração de empregos
verdes", afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, em um
comunicado à imprensa.
Lideradas pelo Pnuma, avaliações sobre alternativas de
energia solar em 80 países mostraram que o período de recuperação dos gastos na
maioria dos países é inferior a um ano, dependendo do custo do sistema diodo
emissor de luz (LED) e o preço local de querosene.
Segundo as avaliações da organização, mais de 1,3 bilhão de
pessoas vivem sem acesso a luz elétrica em todo o mundo e pagam um total de 23
bilhões de dólares por ano para abastecer suas lâmpadas de querosene com os
necessários 25 bilhões de litros da substância.
Se a Nigéria, por exemplo, substituísse todo a querosene,
velas e baterias usadas anualmente por uma rede de iluminação não convencional,
poderia poupar mais de 1,4 bilhão de dólares anualmente ou o equivalente a 17,3
milhões de barris de petróleo bruto.
Enquanto isso, no Quênia, se ocorresse a transição de toda a
iluminação baseada em combustíveis para sistemas LED de energia solar, os
custos seriam pagos em apenas sete meses, de acordo com o Pnuma.
Em mensagem para as sessões do Conselho Administrativo do
Pnuma e do Fórum Global de Ministros do Meio Ambiente, que ocorrem até dia 22
de fevereiro, em Nairóbi, capital do Quênia, o Secretário-Geral da ONU, Ban
Ki-moon, pediu que todos os países implementem políticas que protejam o meio
ambiente, ressaltando que isso irá beneficiar seu crescimento econômico e
prosperidade.
Fonte: EcoDesenvolvimento