Lixo tecnológico é uma ameaça cada vez mais presente no meio
ambiente. País é o que mais produz esses resíduos entre as nações em
desenvolvimento, segundo dados da ONU
Foto: JamieSanford
Por Ministério do Meio Ambiente
Um dos editais de chamamento mais esperados, o que trata da
aprovação e viabilidade técnica e econômica do sistema de logística reversa de
produtos eletroeletrônicos e seus componentes, já está à disposição dos
interessados no site do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Outras propostas de acordos setoriais para implantação de
sistemas semelhantes estão em análise e aguardam a aprovação do Comitê
Orientador (Cori), como as indústrias de lâmpadas fluorescentes e de embalagens
em geral.
De acordo com a analista ambiental da Secretaria de Recursos
Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Sabrina Andrade, a implantação do
sistema de logística reversa de eletroeletrônicos trará grandes benefícios para
a sociedade. “Este tipo de resíduo, cada vez mais presente no cotidiano, por
conter elementos tóxicos como metais pesados em sua composição, representa um
risco à saúde pública e ao meio ambiente ao ser descartado de forma indevida”,
destacou.
O edital estabelece critérios mínimos para assinatura do
acordo envolvendo o governo e o setor empresarial, fixa prazo para as entidades
representativas da cadeia produtiva de eletroeletrônicos definirem os detalhes
de operacionalização do sistema de logística reversa, tais como a localização e
a quantidade dos pontos de coleta e quem será responsável por recolher o que
foi arrecadado.
Entenda o sistema
Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento
econômico e social, caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento e reciclagem, em seu ciclo ou em outros
ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
E acordo setorial é um ato contratual, firmado entre o poder
público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em
vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto.
Fonte: EcoDesenvolvimento