Enquanto o Sambódromo gerou 330 toneladas de lixo, o
carnaval de rua totalizou 300 toneladas, informou ontem (12) a Comlurb, em
balanço. | Foto: Samchio
A quantidade de lixo recolhida por garis da Companhia de
Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) nos quatro dias de desfile na
Avenida Marquês de Sapucaí superou a que foi retirada das ruas depois da
passagem dos blocos de carnaval nos mesmos dias.
Enquanto o Sambódromo gerou 330 toneladas de lixo, o
carnaval de rua totalizou 300 toneladas, informou nesta segunda (12 de Fevereiro) a Comlurb, em
balanço. Somente na última noite de desfiles do Grupo Especial, a Marquês de
Sapucaí gerou 110 toneladas de lixo, o equivalente a quase cinco vezes as 22,4
toneladas deixadas pelos foliões do Cordão da Bola Preta, que reuniu 1,8 milhão
de pessoas no sábado.
Na segunda-feira, 60 toneladas de lixo foram geradas pelos
blocos de carnaval, com destaque para o AfroReggae, com 8,3 toneladas. O bloco apresentou o projeto “Xixi Elétrico”, o
primeiro a transformar a urina dos foliões em eletricidade, utilizada para
alimentar o som da folia.
A Comlurb estava preparada para uma demanda maior no Sambódromo
do que nas ruas, já que separou 600 garis apenas para as noites de desfile,
enquanto a metade disso cuidava dos blocos que desfilaram fora do centro da
cidade. Mais 120 trabalhadores ficaram responsáveis pela Lapa, Cinelândia e
Avenida Rio Branco, áreas centrais da cidade que também reúnem foliões.
A sujeira produzida pelos blocos, no entanto, supera a da
Sapucaí se somado o pré-carnaval, que gerou 170 toneladas. Ainda não foi
contabilizado o lixo recolhido nas ruas durante a Terça-Feira Gorda, mas o
número subirá ainda mais, porque os blocos continuam a divertir os foliões até
o próximo domingo.
A passagem das escolas de samba dos Grupos C, D e E pela
Estrada Intendente Magalhães, na zona norte, gerou em três dias mais 19
toneladas, que foram recolhidas por 50 garis.
Reportagem de Vinícius Lisboa, da Agência Brasil
Fonte: CicloVivo