quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Desfiles na Sapucaí produziram mais lixo do que carnaval de rua no Rio



Enquanto o Sambódromo gerou 330 toneladas de lixo, o carnaval de rua totalizou 300 toneladas, informou ontem (12) a Comlurb, em balanço. | Foto: Samchio


A quantidade de lixo recolhida por garis da Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) nos quatro dias de desfile na Avenida Marquês de Sapucaí superou a que foi retirada das ruas depois da passagem dos blocos de carnaval nos mesmos dias.

Enquanto o Sambódromo gerou 330 toneladas de lixo, o carnaval de rua totalizou 300 toneladas, informou nesta segunda (12 de Fevereiro) a Comlurb, em balanço. Somente na última noite de desfiles do Grupo Especial, a Marquês de Sapucaí gerou 110 toneladas de lixo, o equivalente a quase cinco vezes as 22,4 toneladas deixadas pelos foliões do Cordão da Bola Preta, que reuniu 1,8 milhão de pessoas no sábado.

Na segunda-feira, 60 toneladas de lixo foram geradas pelos blocos de carnaval, com destaque para o AfroReggae, com 8,3 toneladas. O bloco apresentou o projeto “Xixi Elétrico”, o primeiro a transformar a urina dos foliões em eletricidade, utilizada para alimentar o som da folia.

A Comlurb estava preparada para uma demanda maior no Sambódromo do que nas ruas, já que separou 600 garis apenas para as noites de desfile, enquanto a metade disso cuidava dos blocos que desfilaram fora do centro da cidade. Mais 120 trabalhadores ficaram responsáveis pela Lapa, Cinelândia e Avenida Rio Branco, áreas centrais da cidade que também reúnem foliões.

A sujeira produzida pelos blocos, no entanto, supera a da Sapucaí se somado o pré-carnaval, que gerou 170 toneladas. Ainda não foi contabilizado o lixo recolhido nas ruas durante a Terça-Feira Gorda, mas o número subirá ainda mais, porque os blocos continuam a divertir os foliões até o próximo domingo.

A passagem das escolas de samba dos Grupos C, D e E pela Estrada Intendente Magalhães, na zona norte, gerou em três dias mais 19 toneladas, que foram recolhidas por 50 garis.

Reportagem de Vinícius Lisboa, da Agência Brasil

Fonte: CicloVivo
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