Inspirado em um caracol, o
arquiteto mexicano Javier Senosiain elaborou o projeto de uma casa em formato
de concha em espiral na Cidade do México. Ele é adepto da bioarquitetura: um
tipo de construção que tem como base a harmonia com a natureza e o uso de
técnicas construtivas sustentáveis.
Batizada de Nautilus, a
residência possui todos os cômodos de uma casa comum, como quarto, sala de
estar, sala de jantar, cozinha e banheiro. Porém, todas as divisões são ligadas
por uma escada em espiral.
Essa escada foi construída logo
na entrada, logo depois se vê um largo corredor ocupado por plantas, que recebe
grande iluminação natural do reflexo de vitrais. Essa composição de formas,
cores e luzes é inspirada nas ideias do arquiteto Antonio Gaudi.
Nada na casa é paralelo, pois a
intenção de Senosiain era dar a sensação de uma experiência a três dimensões.
Um ambiente tranquilo, mas dominado pelas formas curvas. Um aspecto
interessante é que a sala de estar emerge desde o interior do jardim e uma mesa
de jantar é “puxada” da própria parede.
Em outro piso, há uma sala de estar
e uma sala de estudo com vista para as montanhas. Em uma área mais reservada
estão os quartos, closets, banheiro e cozinha. “O meu objetivo era que as
pessoas imaginassem estarem vivendo igual a um caracol, andando de divisão em
divisão”, afirma o arquiteto.
A residência foi construída com
uma forte estrutura (o que dispensa grandes manutenções) e oferece uma boa
resistência a tremores de terra. Resistência, proteção, abrigo, são algumas
características da casa.
O sistema de ventilação permite
que a temperatura ambiente seja adequada a cada estação do ano. Apesar da
Cidade do México ter vários edifícios, a Nautilus está rodeada de um enorme
espaço verde e com uma privilegiada vista para as montanhas.
Tudo na casa é tão inusitado, que
parece impossível imaginar que ela existe de fato. Mas, ela não só existe como
é habitada por um casal e seus dois filhos.
“Para mim, a natureza é a maior
fonte de inspiração. Respeitar a natureza consiste em observá-la, extrair sua
essência, seus princípios; em interpretá-la e não copiá-la”, explica Senosiain.
Fonte: Ciclo Vivo