quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Empresa transforma madeiras de demolição em móveis exclusivos


   
Marcos Almeida diz que a empresa já nasceu com consciência ecológica
Fotos: Rômulo Portela


Os canteiros de obras, amontoados por materiais que ainda chamamos de "lixo", são na verdade uma verdadeira fonte de matérias-primas para os sócios Marcos Renê Almeida, Ricardo Soares Damasceno, Angelita Pavão e Marcos Vinícius Mendonça.

Fundadores da Mega Madeira Móveis, eles transformam madeiras de demolição, dobradiças, ferragens, garrafas, portas, janelas em móveis de design moderno, sofisticado e exclusivo, cativando arquitetos e decoradores baianos.

A nova vida dada a peças que seriam amontoadas em um aterro é o que Marcos Almeida explica como a “consciência ecológica” que já nasceu com a empresa: “Evocamos elementos como a reciclagem e a reutilização de produtos em nosso projetos”, enfatiza.

A empresa produz e comercializa móveis de tipos variados, como mesas de centro, armários, balcões, cadeiras, peças raras e modelos de época, a exemplo de antigas máquinas registradoras, balcões de bares e farmácias, dormentes, monjolos e rodas d’água.

Há projetos executados e sob medida. O músico e também arquiteto Durval Lelys já desenhou e contribuiu com o trabalho da Mega Madeira, a exemplo da linha “Coco Bambu”, da mesa de centro “Gladiador” e do sofá “Padang Beach”.

No mercado há cinco anos, com fábrica própria na região da estrada Cia-Aeroporto e loja no bairro Caminho das Árvores, o faturamento da Mega Madeira Móveis cresce a uma média de 50% ao ano. “Nosso principal público é de alto padrão, que costuma ter uma consciência ecológica mais avançada”, ressalta Marcos. Entre os clientes da loja estão o condomínio Reserva Imbassaí, Pousada Tayuana e restaurantes como Pereira e Casa de Palha.


Requinte e sustentabilidade conquistam o gosto dos mais requintados

Aposta de mercado

Os sócios apostam ainda mais na área de sustentabilidade e decidiram investir na técnica de Madeira Laminada Colada (MLC), proveniente de florestas plantadas, principalmente de eucalipto e pinus. “A sustentabilidade é o único caminho”, defende o Marcos. A MLC alia colagem com laminação, uma reconstituição da madeira a partir de lâminas (tábuas). A alta resistência ao fogo e a substâncias químicas é outra vantagem apontada pelos especialistas.

Marcos lembra que os órgãos fiscalizadores, como o Ibama, apertam cada vez mais o cerco contra os que insistem em fornecer e comercializar madeira oriunda de desmatamento e adianta: “Planejamos a implantação de uma fábrica de MLC até 2014, nas imediações da Região Metropolitana de Salvador”.




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