JK 1455 (SP)
O imponente prédio da avenida
Presidente Juscelino Kubitschek, em São Paulo, conquistou a primeira
certificação LEED ouro do país em novembro de 2012. Na realidade, o edifício
passou por uma adequação para que sua estrutura passasse a ser sustentável,
aprimorando várias técnicas para a redução do impacto ambiental. Com 13
pavimentos de escritórios, o prédio foi entregue em 2008 pela Cyrela. Hoje,
dentre as soluções verdes, estão estratégias para a redução do consumo de
energia elétrica, melhor uso da água – já que não tem produtos químicos nas
fontes do prédio, reaproveitando o líquido para as torres de resfriamento – e
maior eficácia na limpeza, pois implementa políticas visando eficiência com
mínimo uso de produtos químicos.
Fábrica da Coca-Cola na Fazenda
Rio Grande (PR)
Esta é a primeira fábrica do país
a alcançar a certificação LEED na categoria New Construction, atestada em
agosto de 2012. As medidas sustentáveis do empreendimento vão desde a sua
construção até a gestão da obra sem impactos à comunidade. Ela usa tecnologias
e medidas de eficiência energética, tem consumo eficiente da água, qualidade
interna do ar e iluminação facilitada. A fábrica foi erguida em um terreno de
80 mil m², tendo 20 mil m² de área construída. Cerca de 41% da área total do
terreno é deixado para espaços abertos e vegetados. Outros pontos favoráveis
são a área de lazer projetada para o descanso dos funcionários, espaços no
estacionamento reservados para quem oferece carona aos colegas de trabalho,
sistema de captação de água da chuva, além do telhado verde, considerado o
maior da América Latina. O investimento foi de mais de R$ 4 milhões.
Porto Brasilis (RJ)
A Gafisa conta ainda com outro
empreendimento com o selo LEED, desta vez no Rio de Janeiro. O primeiro
edifício comercial de alto padrão fica na esquina da Avenida Rio Branco com a
Rua São Bento e tem área total de 18.600 m², distribuídos em 16 pavimentos de
escritórios e três de estacionamento. Dentre as características sustentáveis
estão o sistema de tratamento e reaproveitamento da água da chuva, medição
individual do consumo de água e energia, uso de materiais de construção com
baixos compostos orgânicos voláteis, louças e metais sanitários economizadores
de água, reatores e lâmpadas de alta eficiência, separação e armazenamento de
lixo reciclável, vagas preferenciais para veículos com baixa emissão e
recuperadores de energia instalados no sistema de exaustão dos sanitários.
Eldorado Business Tower (SP)
Localizado na avenida Nações
Unidas, em São Paulo, o prédio da Gafisa foi entregue em 2007 e recebeu o selo
LEED em 2009. As 16 empresas sediadas no edifício contam com 120.000 m² de área
construída, bicicletário, centro de convenções e heliponto. Dentre as soluções
adotadas estão a utilização de torneiras automáticas, restritores de vazão e
bacias sanitárias com sistema dual flush, o que proporciona uma economia de 30%
de água. Além disso, há o sistema de reuso de água da chuva e condensação do ar
condicionado, o que faz com que 100% da água usada no paisagismo e na limpeza
das garagens seja reaproveitada. Para otimizar o uso da energia elétrica, os
elevadores possuem sistema de frenagem regenerativa, o que acarreta em economia
de até 37% em comparação aos elevadores convencionais.
Energisa (PB)
Não são apenas os grandes centros
que possuem prédios verdes. Prova disso é o conjunto de prédios da Energisa,
que fica no sertão da Paraíba e tem o selo LEED. Como há escassez de recursos
na região, além do clima ser semi-árido, a preocupação com a qualidade de vida
do usuário foi o que motivou o projeto. Assim, o terreno de 10 mil m² recebeu
um conjunto de prédios com 1.902 m² de área construída, erguidos com materiais
renováveis, reutilizáveis e recicláveis, como madeira com certificação de
reflorestamento, vidros laminados com baixo fator solar, tijolos
cerâmico-prensados maciços e cercas de divisas com metal reciclado. Foram
incorporados, ainda, recursos como telhas de alumínio com preenchimento de
poliuretano para proteção térmica e acústica do ambiente e instalações com
sistema de captação de água da chuva.
Rochaverá Corporate Towers (SP)
O complexo de escritórios de alto
padrão recebeu o selo LEED Gold por ter como principais objetivos a redução de
impactos durante a sua construção, além do amplo aproveitamento dos recursos na
fase de operação do empreendimento, que é da construtora Método Engenharia SA.
Localizado na Vila Gertrudes, ele conta com 20.595 m² de área construída e tem
como exigências a redução do consumo de energia, dos custos operacionais e de
manutenção, a diminuição do uso de recursos ambientais não renováveis e a
melhora da qualidade do ar interno do edifício.
Leroy Merlin (SP)
A Leroy possui o maior número de
certificações AQUA da América Latina, sendo a revitalização e a modernização de
sua sede administrativa no bairro de Interlagos, São Paulo, a que teve o maior
grau de dificuldade, devido a grande quantidade de resíduos gerados e as
restrições para execução das melhorias. O investimento inicial de cada loja
gira em torno dos R$ 50 milhões. Das dez hoje certificadas, três são 100%
sustentáveis, já que são certificadas na sua construção, no uso e na operação.
Mas todas têm as seguintes soluções: ar condicionado com baixo consumo
energético e com controle de umidade, mictórios sem o uso de água, válvulas de
descarga de fluxo duplo que liberam mais ou menos água conforme a necessidade,
aproveitamento de água da chuva nos banheiro e para irrigação de fachadas
feitas com vidro de alto desempenho para a economia de energia.
True Chácara Klabin (SP)
Como a Even Construtora e
Incorporadora é uma empreendedora AQUA, todos os prédios residenciais lançados
em São Paulo são concebidos e preparados pensando na sustentabilidade. O True
Chácara Klabin, por exemplo, tem telhado verde, o que otimiza o conforto
térmico do empreendimento, coleta seletiva com área disponível para
armazenamento de resíduos dentro do apartamento e local específico para
armazenamento intermediário de resíduos no hall de cada andar, facilitando a
disposição de lixo para o morador. O edifício fica na rua Flávio de Melo.
Templo Religioso Sukyo Mahikari
(SP)
O prédio que fica em São Paulo
tem área total construída de 2.300 m². O principal objetivo em sua construção
foi garantir o conforto acústico e térmico aos usuários, priorizando a
iluminação natural e a utilização de brises reguláveis que reduzem a carga
térmica proveniente da incidência solar. Nas áreas comuns há lâmpadas de LED,
que consomem menos energia, a água quente do chuveiro é aquecida com energia
solar e os materiais usados são sustentáveis, tais como vidros laminados
auto-limpantes e forros removíveis. Para a preservação dos recursos hídricos,
há o sistema de reuso da água da chuva e da água proveniente da lavagem de
roupas, dos banhos e dos lavatórios. Denominada de água cinza, ela passa por um
tratamento físico-químico e é destinada à lavagem de calçadas, rega de plantas
e descargas dos vasos sanitários.
Escola Ilha da Juventude (SP)
A escola pública estadual da Vila
Brasilândia, em São Paulo é certificada pelo Processo AQUA e tem soluções
arquitetônicas que evitam salas de aula muito frias no inverno ou muito quentes
no verão, além de serem isentas de problemas de iluminação, já que o projeto
usa brises na fachada, aproveitando ao máximo a iluminação natural. Outra
preocupação do empreendimento é o tratamento acústico, já que os ruídos e a
interferência do som das quadras poliesportivas nas salas são importantes em
uma escola. As soluções encontradas para isso foram o tratamento das quadras
com isolante acústico no contrapiso e o uso de portas mexicanas maciças nas
classes para bloquear o som.
Fonte: Exame.com