O Greenpeace e a processadora de carne JBS brigavam na
Justiça devido à acusação da ONG ambiental de que a empresa estaria exportando
produtos provenientes de desmatamento e trabalho escravo. Porém, eles
anunciaram na última quarta-feira (19), que estão tentando estabelecer um
acordo para que a JBS cumpra suas responsabilidades socioambientais.
A companhia é a maior processadora de carne bovina do mundo
e em junho deste ano, a ONG divulgou o relatório “JBS – Reprovada: Como a maior
empresa de carnes do planeta continua massacrando a Amazônia”.
De acordo com o jornalista Leonardo Sakamoto, o estudo
afirma que a multinacional brasileira não conseguiu garantir que seus
fornecedores não estejam envolvidos em desmatamento ilegal, trabalho escravo e
invasão de Terras Indígenas e de Unidades de Conservação. Dessa forma, o JBS
estaria descumprindo um acordo firmado em 2009, em que se comprometeu a não
comprar mais animais criados em áreas desmatadas recentemente.
O documento não está indisponível, pois a empresa conseguiu
liminar na 12ª Vara Cível de Goiânia que proíbe o Greenpeace Brasil de dar
publicidade a qualquer fato envolvendo o nome JBS. “A proibição cobre além do
site, as contas do Twitter, Facebook e nossa comunicação com o público e a
imprensa. O Greenpeace Brasil cumpriu a determinação judicial”, informou o
órgão ambiental, em seu site.
A fim de resolver o impasse, um novo cronograma foi acordado
entre e a empresa e a ONG, no qual prevê que todas as fazendas fornecedoras
diretas de gado para a JBS terão mapas de georeferenciamento. Isso deve ser
feito até dezembro de 2014 e será uma base para verificar possíveis
desmatamentos nas propriedades. A JBS terá dois anos para se enquadrar nas
exigências e prazos legais estipulados pelo novo Código Florestal.
A ação judicial movida contra o Greenpeace Brasil já foi
retirada pelo JBS e suas novas metas, datas, assim como seu plano de ação, está
disponível neste link.
Com informações do G1.
Fonte: CicloVivo