Quando você pensa na casa perfeita, o que vem à mente? Se
for um lugar gigantesco, você não está sozinho. Mas o que a arquitetura
sustentável vem tentando mostrar nas últimas décadas é que é perfeitamente
possível morar em um espaço menor, desenhado e construído para se ajustar ao
dia a dia.
Levando o conceito ao pé da letra, os designers americanos
Brian Schulman, Eugene Lubomir, Jack Phillips e Lawrence Zeroth criaram o
upLIFT, um sistema de moradias compactas, do tamanho de garagens, para Nova
York. Idealizados para pessoas que moram sozinhas – sejam elas idosos,
deficientes físicos, sem-tetos ou pessoas que queiram viver de forma mais
independente –, os apartamentos poderiam ser construídos em pequenas áreas,
ocupadas atualmente por estacionamentos.
Pré-fabricadas e feitas a partir de materiais recicláveis,
cada moradia ocupa o espaço de um estacionamento elevado e poderia ser
transportada em um caminhão, o que reduziria gastos com materiais e transporte.
Além disso, placas fotovoltaicas forneceriam energia limpa aos moradores. Para
completar, o acabamento da estrutura da fachada seria feito em jardins
verticais.
Mas será que para ser ecologicamente correto um apartamento
tem que ser tão pequeno assim? A autora da série de livros The Not So Big
House, Sarah Susanka, acha que não. Ela sugere que as casas podem ser menores
do que aquelas que idealizamos, mas não necessariamente pequenas. Segunda a
autora, as pessoas desejam um lugar que seja familiar e confortável – e se ele
for assim, será suficiente. Um lar, como o da personagem Dorothy, de O Mágico
de Oz, do qual ela sente saudade: “Não há lugar como a nossa casa”.
E aí? Consegue se imaginar morando em um apartamento do
tamanho de uma garagem? Um lugar pequeno é suficiente para viver?
Fonte: Super Interessante