segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Policiais ambientais apresentam sua profissão


A Polícia Ambiental está presente em todo o País, sempre pronta para solucionar os problemas que o homem causa ao meio ambiente. Foto: Daniel Rosa/CicloVivo


“Os problemas ambientais no Brasil não deveriam ser casos de polícia; no entanto, deveriam ser evitados com educação e conscientização ambiental”, alerta o soldado Carvalho, membro da Polícia Militar Ambiental de São Paulo.

Engana-se quem pensa que a Polícia Ambiental está presente apenas nas florestas do Brasil: São Paulo, a maior cidade do País, também conta com um time de profissionais prontos para reparar os transtornos que o homem causa ao meio ambiente. “Atualmente, as ocorrências mais comuns na Grande São Paulo são a caça de animais, a pesca predatória e a soltura de balões, que sempre acaba matando alguns bichos. Além disso, há um grande número de abandono dos animais domésticos”, completa o soldado Carvalho.

Os animais abandonados são um dos maiores problemas na região metropolitana de São Paulo, e a Polícia Ambiental encontra inúmeros desafios para reintegrá-los à sociedade. “Muitos animais domésticos são abandonados em parques, onde acabam desenvolvendo zoonoses. Isso porque, quando filhotes, os bichos ganham afeto de seus donos, mas, quando crescem, já não recebem a atenção necessária”, diz o soldado. “Nosso dever é resgatar os animais que são deixados nos parques e levá-los para centros de triagem e reintegração, atualmente administrados pela Secretaria do Meio Ambiente”, finaliza o soldado Carvalho.

As principais ocorrências na Grande São Paulo são a caça de animais, a pesca predatória e a soltura de balões. Foto: Daniel Rosa/CicloVivo


Outra tarefa atribuída a estes policiais é a captura dos bichos sem documentação. A maior parte das apreensões registradas em São Paulo ocorre nas feiras livres, em propriedades rurais e nas residências. “Muitas vezes, o vizinho nem sabe se o animal é certificado pelo IBAMA e já denuncia o proprietário. A viatura se desloca até o local e descobre que o bicho está registrado. Por outro lado, já aconteceu de recebermos uma denúncia de posse ilegal de aves e descobrirmos que, naquele lugar, existia uma refinaria de drogas”, diz o soldado Rodrigo Palamin.

É aí que os profissionais precisam assumir a postura de policiais militares. “Nós somos uma ramificação da Polícia Militar: portanto, o mesmo profissional que fiscaliza o meio ambiente deve combater todos os tipos de crimes”. Palamin e Carvalho acreditam que a ação policial seria desnecessária se as pessoas tivessem mais educação e respeitassem mais o planeta. “A polícia é um remédio amargo”, completa o soldado Carvalho.

Quem deseja participar da Polícia Ambiental deve se inscrever nos concursos da Polícia Militar e ficar de olho nos editais. Os classificados da prova fazem o curso de especialização profissional – que envolve direitos humanos, cuidados com os animais, treinamento de artes marciais e outras competências. “A arma é nosso último recurso”, afirma o soldado Carvalho.

Fonte: Ciclo Vivo
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