A Polícia Ambiental está presente em todo o País, sempre
pronta para solucionar os problemas que o homem causa ao meio ambiente. Foto:
Daniel Rosa/CicloVivo
“Os problemas ambientais no Brasil não deveriam ser casos de
polícia; no entanto, deveriam ser evitados com educação e conscientização
ambiental”, alerta o soldado Carvalho, membro da Polícia Militar Ambiental de
São Paulo.
Engana-se quem pensa que a Polícia Ambiental está presente
apenas nas florestas do Brasil: São Paulo, a maior cidade do País, também conta
com um time de profissionais prontos para reparar os transtornos que o homem
causa ao meio ambiente. “Atualmente, as ocorrências mais comuns na Grande São
Paulo são a caça de animais, a pesca predatória e a soltura de balões, que
sempre acaba matando alguns bichos. Além disso, há um grande número de abandono
dos animais domésticos”, completa o soldado Carvalho.
Os animais abandonados são um dos maiores problemas na
região metropolitana de São Paulo, e a Polícia Ambiental encontra inúmeros
desafios para reintegrá-los à sociedade. “Muitos animais domésticos são
abandonados em parques, onde acabam desenvolvendo zoonoses. Isso porque, quando
filhotes, os bichos ganham afeto de seus donos, mas, quando crescem, já não
recebem a atenção necessária”, diz o soldado. “Nosso dever é resgatar os
animais que são deixados nos parques e levá-los para centros de triagem e
reintegração, atualmente administrados pela Secretaria do Meio Ambiente”,
finaliza o soldado Carvalho.
As principais ocorrências na Grande São Paulo são a caça de
animais, a pesca predatória e a soltura de balões. Foto: Daniel Rosa/CicloVivo
Outra tarefa atribuída a estes policiais é a captura dos
bichos sem documentação. A maior parte das apreensões registradas em São Paulo
ocorre nas feiras livres, em propriedades rurais e nas residências. “Muitas
vezes, o vizinho nem sabe se o animal é certificado pelo IBAMA e já denuncia o
proprietário. A viatura se desloca até o local e descobre que o bicho está
registrado. Por outro lado, já aconteceu de recebermos uma denúncia de posse
ilegal de aves e descobrirmos que, naquele lugar, existia uma refinaria de
drogas”, diz o soldado Rodrigo Palamin.
É aí que os profissionais precisam assumir a postura de
policiais militares. “Nós somos uma ramificação da Polícia Militar: portanto, o
mesmo profissional que fiscaliza o meio ambiente deve combater todos os tipos
de crimes”. Palamin e Carvalho acreditam que a ação policial seria
desnecessária se as pessoas tivessem mais educação e respeitassem mais o
planeta. “A polícia é um remédio amargo”, completa o soldado Carvalho.
Quem deseja participar da Polícia Ambiental deve se
inscrever nos concursos da Polícia Militar e ficar de olho nos editais. Os
classificados da prova fazem o curso de especialização profissional – que
envolve direitos humanos, cuidados com os animais, treinamento de artes
marciais e outras competências. “A arma é nosso último recurso”, afirma o
soldado Carvalho.
Fonte: Ciclo Vivo