O briquete é uma alternativa viável e sustentável para
substituir os combustíveis tradicionais na produção de energia. Chamada de
lenha ecológica, além de ser uma opção melhor para o meio ambiente, ela tem uma
potência energética superior.
Para produzir os briquetes são reaproveitados diversos
materiais, como casca de arroz, bagaço de cana-de-açúcar, casca de amendoim,
palha de milho e resíduos de eucalipto. O produto é então utilizado em
fornalhas, caldeiras, fornos e churrasqueiras.
De acordo com uma pesquisa da Embrapa, somente em São Paulo
e na região Sul do país são produzidos cerca de 7,4 mil toneladas de briquetes
mensalmente. Esse total equivale a 14 mil toneladas de lenha tradicional, pois
o poder calorífico dos briquetes pode ser duas vezes maior.
“A composição básica dele é a mesma da lenha, mas como ele é
mais compactado e mais denso, tem um potencial calorífico maior. Por isso,
estamos fazendo esse trabalho de promoção, para que essa tecnologia seja mais
utilizada no Brasil, principalmente para aproveitar melhor os resíduos
agrícolas, agroindustriais e florestais”, explica o pesquisador da Embrapa
Agroenergia, José Manoel Sousa Dias.
O fato dos briquetes serem mais compactos também ajuda no
transporte, manuseio e armazenagem. O setor de alimentação é um dos que mais
pode se beneficiar deste produto, como padarias e pizzarias. Também é preciso
levar em consideração que muitas famílias do Brasil, principalmente as que
moram no interior, ainda usam o fogão a lenha para cozinhar.
A produção de briquetes libera gás carbônico da mesma forma
que a lenha e outras fontes de energia. Porém, Dias explica que os resíduos
utilizados já iriam produzir CO2 de qualquer maneira. “Estamos gerando gás
carbônico a partir de um resíduo que pelo seu próprio processo de degradação já
iriam produzir gás carbônico. O que estamos fazendo é dar um aproveitamento
mais eficiente a esses resíduos e evitando o corte tanto da lenha nativa como a
de reflorestamento para esse aproveitamento”, conclui. Com informações da
Revista Globo Rural.
Fonte: CicloVivo