quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Lenha ecológica é mais eficiente do que a comum na produção de energia



O briquete é uma alternativa viável e sustentável para substituir os combustíveis tradicionais na produção de energia. Chamada de lenha ecológica, além de ser uma opção melhor para o meio ambiente, ela tem uma potência energética superior.

Para produzir os briquetes são reaproveitados diversos materiais, como casca de arroz, bagaço de cana-de-açúcar, casca de amendoim, palha de milho e resíduos de eucalipto. O produto é então utilizado em fornalhas, caldeiras, fornos e churrasqueiras.

De acordo com uma pesquisa da Embrapa, somente em São Paulo e na região Sul do país são produzidos cerca de 7,4 mil toneladas de briquetes mensalmente. Esse total equivale a 14 mil toneladas de lenha tradicional, pois o poder calorífico dos briquetes pode ser duas vezes maior.

“A composição básica dele é a mesma da lenha, mas como ele é mais compactado e mais denso, tem um potencial calorífico maior. Por isso, estamos fazendo esse trabalho de promoção, para que essa tecnologia seja mais utilizada no Brasil, principalmente para aproveitar melhor os resíduos agrícolas, agroindustriais e florestais”, explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia, José Manoel Sousa Dias.

O fato dos briquetes serem mais compactos também ajuda no transporte, manuseio e armazenagem. O setor de alimentação é um dos que mais pode se beneficiar deste produto, como padarias e pizzarias. Também é preciso levar em consideração que muitas famílias do Brasil, principalmente as que moram no interior, ainda usam o fogão a lenha para cozinhar.

A produção de briquetes libera gás carbônico da mesma forma que a lenha e outras fontes de energia. Porém, Dias explica que os resíduos utilizados já iriam produzir CO2 de qualquer maneira. “Estamos gerando gás carbônico a partir de um resíduo que pelo seu próprio processo de degradação já iriam produzir gás carbônico. O que estamos fazendo é dar um aproveitamento mais eficiente a esses resíduos e evitando o corte tanto da lenha nativa como a de reflorestamento para esse aproveitamento”, conclui. Com informações da Revista Globo Rural.


Fonte: CicloVivo
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