A ONG Ewaso Project Lions, localizada na Reserva Nacional de
Samburu, no Quênia, trabalha para promover a coexistência entre as pessoas e os
grandes carnívoros do norte do país. Os leões são os que mais recebem atenção,
devido ao grande risco de serem extintos em duas décadas.
De acordo com a instituição, a população de leões africanos
sofreu redução de 30 a 50%, somente nos últimos 20 anos. Ao longo da história
do continente, já foi registrada a perda de, ao menos, 83% dos leões,
principalmente devido à perda de habitat e aos conflitos com os seres humanos.
Assim, a estimativa é de existam apenas dois mil exemplares da espécie em toda
a África.
O projeto foi fundado em 2007 a partir de trabalhos feitos
entre um dos setores da Universidade de Oxford, em parcerias com trabalhos
locais do Quênia. Através de pesquisas científicas e trabalhos comunitários
eles são capazes de manter os leões mesmo fora das áreas protegidas.
“Nossa pesquisa vai permitir a formulação de estratégias
para a conservação de leões no norte do Quênia em longo prazo. Nós trabalhamos
para conseguir uma estimativa precisa do número de leões, uma melhor
compreensão de seus movimentos dentro e fora de áreas protegidas e avaliar a
extensão e o impacto da relação leão-humano”, informa a ONG em seu site.
O trabalho com as comunidades locais é feito com o intuito
de conscientizar e mostras às pessoas que é possível se beneficiar da presença
dos grandes animais carnívoros. Por isso, as ações giram em torno de práticas
educacionais, para promover a formação e encontrar soluções criativas.
A área de estudo abrangida pela Ewaso é atualmente de mil
quilômetros quadrados. A organização garante que o acampamento-base da sede é
bastante simples para reduzir custos e minimizar os impactos ambientais. O
grupo utiliza energia solar e garante respeitar todos os vizinhos, que em
grande parte são os animais.
Fonte: Ciclo Vivo