Professor do Centro de Vigilância Sanitária
Veterinária da Universidade Complutense de Madri (Espanha),González-Zorn, afirma que a
biodiversidade "é sábia para preservar a saúde humana e transcendental por
muitos motivos. Quando diminui a biodiversidade, a esperança de vida do ser
humano diminui, não apenas do ponto de vista ecológico, mas também de
recursos".
"Na natureza precisamos ter muita biodiversidade para
encontrar novos antibióticos, novas moléculas que nos ajudem a lutar contra as
doenças, por exemplo. Definitivamente, precisamos dela também do ponto de vista
de utilidade", diz González-Zorn.
O cientista se lamenta que por um uso abusivo dos
antibióticos, um dos desafios que temos é a resistência a eles. "O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou uma campanha denominada '20
novos antibióticos para 2020', porque se deram conta de que lutar contra a
resistência dos antibióticos às doenças é uma necessidade primordial",
disse.
A extinção de vegetais e espécies animais é uma das consequências
da mudança climática global. Os cientistas advertem que este desaparecimento
está relacionado com o aumento de doenças infecciosas em humanos. Trata-se de
uma das consequências menos conhecidas da deterioração do meio ambiente.
Cientistas dos Estados Unidos comprovaram que as espécies
mais sensíveis, e portanto, mais expostas às mudanças de seu entorno, ajudam a
frear a expansão de certas doenças infecciosas. Pelo contrário, aquelas que são
mais resistentes à poluição, costumam ser as que possuem uma maior capacidade
para transmitir microorganismos a outros seres vivos, incluindo os humanos.
Fonte: Msn verde