A Floresta Amazônica é uma floresta equatorial situada na
bacia amazônica com mais de 7 milhões de Km2. Sua maior parte - 60% -
encontra-se no território brasileiro, extendendo-se na Colômbia, no Peru, na
Venezuela, no Equador, na Bolivia, na Guiana, no Suriname e na Guiana Francesa.
Considerada a floresta fluvial mais rica em biodiversidade
de espécies animais e vegetais. Cientistas classificaram na região 2,5 milhões
de espécies de insetos, mais de 40 mil espécies de plantas, 3 mil espécies de
peixes, cerca de 1.300 pássaros, 430 mamíferos, 430 anfíbios e 380 répteis. (1)
Contudo, o desmatamento da Amazônia é uma das maiores
preocupações de cientistas e estudiosos do mundo inteiro. O homem, movido por
fins lucrativos, é o principal responsável pela exterminaçao das florestas. Uma
das maiores causas do deflorestamento da Amazônia é o cultivo de suas terras
para a agricultura e para a pecuária, bem como o estabelecimento de fazendas. O
cultivo da soja, em franco crescimento no nosso país, foi a principal causa da
construção das rodovias Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho, nos anos sessenta,
devido às necessidades dos produtores de transportarem seus produtos. Nos anos
70 a rodovia Transamazônica foi construída. Tais estradas de rodagem simbolizam
o centro do desmatamento da floresta. Esse acesso facilitado à floresta
provocou o desmatamento de suas margens, o desenvolvimento de infrastruturas e
o estabelecimento de cerca de 2 milhões de pessoas nos primeiros 20 anos. (2)
Outras importantes causas do desmatamento da Floresta
Amazônica são a exploração da madeira, mineiração, produção de energia e incêndios
florestais. De acordo com o "Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais" - INPE, a Amazônia brasileira teve uma redução de seu tamanho,
de 1970 ao ano 2005, de aproximadamente 17% (4.100.000 km2 - 3.403.000 km2),
apresentando uma redução em 40%, entre os anos 2005 e 2006.
A destruição de nossas florestas provoca a perda da rica (e
única no mundo) biodiversidade de espécies animais e vegetais, além da
liberação de carbono contido na vegetação, que contribui para o aquecimento
global. As florestas também regulam as chuvas e protegem o solo.
A incrível importância das florestas para o equilibrio
natural (regional e mundial) foi compreendida pelos homens somente há alguns
anos, portanto, o reflorestamento e um "trend" que está ganhando,
cada vez mais, importância e força.
O reflorestamento é uma prática positiva, seja por objetivo
comercial ou ambiental, consistindo na restauração da mata original de um
determinado lugar. É um conjunto de ações que ajudam e protegem o nosso
ecosistema. Trata-se da limpeza dos terrenos, do plantio de novas árvores no
lugar das cortadas, do cuidado com as novas plantas e da proteção dos animais e
vegetais, que as circundam respeitando e garantindo a biodiversidade local.
Eis algumas dicas de como você pode fazer a sua parte,
ajudando as nossas florestas:
* Não jogue pontas de cigarro acesas na mata.
* Evite fazer fogueiras, principalmente num dia de muito
vento. Uma fogueira pode dar início a um grande incêndio.
* Não solte balões ou fogos de artifício na mata. Rojões e
bombinhas tem um grande poder calórico, e muitas vezes, após o estouro, ainda
permanecem com fogo e brasas, o que pode iniciar um foco de incêndio se caírem
em terreno propício.
* Procure comprar objetos de madeira extraída de áreas em
reflorestamento. Certifique-se que o fornecedor é amigo do ambiente.
* Evite comprar objetos de madeira extraída de árvores
ameaçadas de extinção, como a castanheira, o pinheiro-do-Pará e o pau-brasil.
* Controle o seu consumo de papel.
* Use sempre os dois lados da folha de papel, antes de
jogá-la fora
* Dê preferência à compra de papel reciclado.
* Recicle seu papel.
* Explique aos seus amigos e conhecidos a fundamental
importância de nossas florestas para o planeta.
Preserve o VERDE, O MUNDO é seu!
(1)Da Silva et al. 2005. The Fate of the Amazonian Areas of
Endemism. Conservation Biology 19
(3), 689-694; Lewinsohn T. M.and Prado P.I. 2005. How Many Species Are There in
Brazil? Conservation Biology. Volume 19 (3), 619
(2)Williams, M.
(2006). Deforesting the Earth: From Prehistory to Global Crisis. Chicago,
IL: The University of Chicago Press.
Escrito por Isabela Antunes Joffe
Fonte: Mundo Verde