quarta-feira, 24 de junho de 2015

Encerramento do Seminário Regional de Saneamento Rural reúne principais especialista do setor

O segundo e último dia do Seminário Regional de Saneamento Rural (terça, dia 23), promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental –Seção São Paulo (ABES-SP), por meio de sua Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas, em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Comitês PCJ, Agência das Bacias PCJ e ABES-SP – Subseção Campinas, contou com diversos especialistas na discussão sobre modelos de gestão em saneamento rural, resultados, arranjos institucionais, fontes de recursos e sustentabilidade ambiental.
A coordenadora da Câmara Temática de Saneamento Rural da ABES (CT Rural), Mônica Bicalho Pinto Rodrigues, deu início ao Painel Modelos de Gestão em Saneamento Rural, com a palestra ‘Saneamento Rural: Mitos, Problemas, Desafios e Oportunidades’. Segundo Mônica Bicalho, este tipo de realização é de grande importância para o setor. “Quando fomos convidados para participar deste evento, nós vimos a importância de que isso acontecesse, pelo fato de ser a primeira vez que se faz um seminário regional aqui em São Paulo, em conjunto com os Comitês de Bacias do PCJ, que é justamente onde concentra o Cantareira, que hoje está sofrendo esse colapso, que é de conhecimento geral”.
O engenheiro Helder dos Santos Cortez, Gerente de Saneamento Rural daCompanhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) e membro da CT Rural, apresentou o “Modelo de Gestão Sisar”. Helder dos Santos destacou que uma gestão eficaz é essencial neste meio. “Esse seminário é importante para todo o Brasil, porque o saneamento rural é um pouco esquecido e tem poucas ações concretas acontecendo no país. A maioria dos estados não têm estrutura municipal para a área. Nós fomos convidados para mostrar nossa experiência no Ceará, que pode não ser replicada aqui em São Paulo, mas ela orienta, motiva, para que todos desenvolvam seu próprio modelo de gestão, porque dinheiro para que se construir um sistema eficiente tem, a grande dificuldade é que com o tempo eles se deterioraram, por causa da falta de manutenção”. O especialista também abriu o Painel Estruturação de Gestão Sustentável para Comunidades Rurais Isoladas: Participação das instituições responsáveis e da população envolvida, com a palestra ‘Participação Comunitária no Modelo de Gestão Sisar/Centrais’.
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O Engenheiro Helder dos Santos Cortez abriu o 'Painel Estruturação de Gestão Sustentável para Comunidades Rurais Isoladas: Participação das instituições responsáveis e da população envolvida
Os engenheiros Alonso Reis da Silva e Maurílio Lázaro Moreira Júnior, da COPANOR - Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais, também marcaram presença no evento, ministrando a palestra “COPANOR: Modelo de Saneamento no Semiárido de Minas Gerais”. Maurílio Moreira destacou que as especificidades de cada região são muito relevantes quando se trata de saneamento rural. “É de extrema importância a gente estar debatendo e apresentando os modelos de gestão para as localidades rurais ou localidades isoladas muito por conta da diversidade de cada município. Cada estado tem sua particularidade e vão ser usados modelos diferentes, com um ou maior grau de complexidade, que basicamente vão sair desses seminários”.
Falando sobre as “Experiências do Saneamento Rural no Espírito Santo – Programa PRÓ-RURAL/CESAN”, a engenheira Marcia Azevedo, da Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN), explicou que, para que o sistema de saneamento rural funcione, é necessário que as empresas realizem um trabalho integrado, principalmente em relação aos recursos fornecidos. “Nós temos muitas dificuldades de se implantar um sistema sustentável. O saneamento rural é uma porta que abre um caminho para que uma comunidade veja o poder que ela tem de trazer muitos benefícios. Só que isso tudo precisa de integração entre as instituições, o abraço do Governo do Estado, das companhias de saneamento. E muitos recursos. Este sistema não tem retorno financeiro para lhe dar sustentabilidade, por isso é necessário termos as parcerias, que venham recursos de fora”.
Coube ao representante da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, José Carlos Rossetti,, abordar as “Ações de Saneamento Rural da CATI”. O engenheiro Américo Sampaio, da Coordenadoria de Saneamento da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, encerrou o primeiro painel do dia com a palestra “Programa de Saneamento para Comunidades Isoladas no Estado de São Paulo”. Américo destacou a importância dessa troca de experiências entre os estados. “Essa questão do saneamento rural, principalmente em São Paulo, ela é fundamental. A gente conhecer mais ou menos a experiência que está ocorrendo no Ceará, em Minas Gerais, em outros estados que já estão muito à frente da gente, em termos de gestão, é muito importante, inclusive nesse momento em que nós estamos reestruturando nosso Programa de Saneamento Rural”.
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Palestrantes do Painel Modelos de Gestão em Saneamento Rural, do Seminário Regional de Saneamento Rural, se reiunem para debater os assuntos abordados
Na sessão de estudos de caso, Adriano Tonetti, Professor Doutor da Faculdade de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, e Abelardo Gonçalves, presidente da APAER - Associação Paulista de Extensão Rural - Núcleo DEXTRU da CATI, apresentaram projetos de suas respectivas instituições. O seminário terminou com a elaboração de um documento com recomendações e estratégias para o Saneamento Rural no Estado de São Paulo.
A engenheira Ana Lúcia Brasil, coordenadora da Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas, fez um balanço positivo do evento: “A engenheira Ana Lúcia Brasil, coordenadora da Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas, fez um balanço positivo do evento. “Eu acho que o seminário cumpriu inteiramente os objetivos propostos. Nós ficamos conhecendo uma série de trabalhos que nem sabíamos que estavam neste nível, como no caso da Unicamp e da própria CATI, e fora as outras apresentações, as do pessoal do Sisar e da COPANOR. Eu acho que foi ótimo, e deu um novo ânimo para que nós continuemos nesta estrada, reunindo esforços, para ver o quanto nós conseguimos avançar e fazer mais coisas aqui pela região”.
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Ana Lúcia Brasil, coordenadora da Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas encerra o Seminário Regional de Saneamento Rural, em Campinas.
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