O declínio na quantidade de chuvas, aliado à degradação do
solo ocasionada por pecuária e desmatamento, fizeram o deserto do Saara
expandir nas últimas década wonker/ Creative Comons
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Nas últimas décadas, o deserto do
Saara aumentou de tamanho. Os motivos? Declínio na quantidade de chuvas aliado
à degradação do solo ocasionada por pecuária e desmatamento. A solução? O
projeto Grande Muralha Verde, desenvolvido pela UA - União Africana e apoiado
pela ONU - Organização das Nações Unidas, no qual estão reunidos 11 países.
Todos partilham dos mesmos objetivos: plantar árvores pelo continente africano
para conter a expansão do mais extenso deserto quente do mundo, fornecer apoio
para o uso sustentável das florestas em regiões áridas e melhorar a qualidade
de vida das comunidades locais.
Após ser completada, a faixa de
vegetação terá 15 quilômetros de largura por 7000 quilômetros de comprimento e
irá cruzar a África de lesta a oeste. As mudas começaram a ser plantadas no
Senagal em 2008. Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Niger, Nigéria, Chade, Sudão,
Etiópia, Eritreia e Djibouti são os outros países integrantes do projeto.
O corredor de árvores vai
funcionar como uma barreira para os ventos secos vindos do Saara. Dessa forma,
os níveis de umidade aumentam e permitem até mesmo o florescimento da
agricultura. Segundo o WFP - Programa Mundial de Alimentos, da ONU, comunidades
no Senagal localizadas em desertos já conseguem cultivar frutos e vegetais
graças ao início do projeto.
Para Ulrich Apel, especialista em
florestas do GEF - Fundo Global para o Meio Ambiente, a Grande Muralha Verde
teve um começo promissor e já mostra resultados. Ele acredita que o programa
pode ser replicado na Ásia Central para enfrentar a degradação do solo, os
problemas de gestão da água e os impactos das mudanças climáticas.
Fonte: Planeta Sustentável